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30 de Mar de 2015
Começou neste domingo (29), na comunidade São Marcos a Assembléia Geral Ordinária dos Tuxauas da Terra Indígena São Marcos. Representantes das secretarias de Educação, Saúde e Agricultura e do Índio estarão presentes.
O evento, realizado pela Associação dos Povos Indígenas da Terra São Marcos (APITSM), termina na terça-feira, 31. Tuxauas de 46 comunidades das regiões do Alto, Médio e Baixo São Marcos estão reunidos para debater temas sobre as necessidades dos povos indígenas nas áreas da Educação, Saúde, Agricultura e Pecuária.
Segundo o chefe de gabinete da Sei (Secretaria Estadual do Índio), Ernany Marcos, para a educação, é necessário qualificação. "Precisamos de cursos técnicos para os jovens das nossas comunidades. Estamos certos de que o desenvolvimento de Roraima vai passar pelas comunidades indígenas", disse, ao mencionar que 46% das terras do Estado são reservas indígenas.
De acordo com ele, é necessário investir no capital intelectual e financeiro. "Temos como contribuir com o desenvolvimento do Estado. Estamos muito esperançosos com a nova gestão. A governadora Suely tem um olhar especial para as comunidades indígenas. Na Terra Indígena São Marcos habitam várias etnias e, cada uma distinta da outra, com seus costumes e tradições", frisou.
Nessa região vivem indígenas das etnias, Macuxi, Taurepang, e Wapixana, tendo como principal atividade econômica a pecuária, mas destaca-se também o plantio da mandioca, milho, feijão e melancia. "Podemos avançar mais como indígenas, respeitando os nossos costumes e tradições e, assim, contribuindo com o desenvolvimento que é tão esperado pelas nossas comunidades", destacou.
A região do Baixo São Marcos, segundo ele, é um dos polos de maior produção de melancia. "Nas comunidades de Vista Alegre, Ilha e Campo Alegre, foi implantado o projeto VAI (Valorização da Agricultura Indígena), coordenado por um grupo de mulheres", ressaltou.
Já o Médio São Marcos é uma região de difícil acesso e o Alto São Marcos é área de lavrado e de serras. "Com esse relevo diferenciado, temos que ter um olhar diferente para cada uma dessas regiões para que as coisas possam acontecer", disse.
A saúde, que é de responsabilidade da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), é uma das maiores preocupações dos tuxauas. Eles defendem o fortalecimento das ações preventivas.
"Essa e outras propostas estão sendo debatidas com os tuxauas, coordenadores regionais, professores, agentes de saúde e também com os jovens para que as políticas públicas possam melhorar as condições de vida dos povos indígenas", observou Ernany.
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