VOLTAR

Turistas viajam oito horas de barco para participar do II Mariri Yawanawá

G1 - www.g1.globo.com
Autor: Valeriana Ribeiro
18 de Ago de 2015

Enfeitado com pinturas corporais e artesanatos indígenas, o investidor Luiz Felipe Zanette, de 36 anos, só não é confundido com os moradores da aldeia Mutum, localizada na Terra Indígena do Rio Gregório, próximo a Tarauacá (AC), devido a sua aparência física. Branco, com a cabeça raspada e olhos claros, ele se destaca entre as pessoas. O visitante decidiu 'fugir' de Florianópolis para visitar aldeias no Acre e participar do II Mariri Yawanawá, realizado entre 10 e 15 de agosto.

Ele percorreu os 400 km entre a capital acreana e a cidade de Tarauacá, de onde viajou mais uma hora de carro até a Vila São Vicente, às margens do Rio Gregório. Depois teve que enfrentar uma viagem de oito horas de barco até a aldeia Mutum. Mas essa não é a primeira vez que o turista participa de um festival indígena.

Zanette conta que a primeira vez que esteve na Terra Indígena do Rio Gregório foi em 2011, quando conheceu o Festival Yawa, realizado anualmente na aldeia Nova Esperança. "Participei do festival e gostei muito, fiz boas amizades e me planejei para voltar", afirma.

Ele saiu de Florianópolis no dia 26 de junho e antes de chegar à Aldeia Mutum viveu por 15 dias em outra aldeia acreana, próxima a cidade de Jordão, além de aproveitar a viagem para conhecer o Peru. "Visitei uma aldeia Hunikuin, que é de um índio que conheci em Florianópolis. Ele tinha me convidado para ir a aldeia dele, e eu fui tentar fazer tudo junto", diz.

Para ele, a conexão com a natureza quando se visita uma terra indígena é inexplicável. "Não tem como explicar, eu estava dormindo na rede e ouvindo eles cantando, é um chamado forte, uma sensação de integração com a natureza que é difícil ter em outro lugar. É isso que eu sinto aqui", comenta Zanette.

http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2014/08/turistas-viajam-oito-horas-…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.