VOLTAR

TRE-AM quer usar Sivam

A Crítica-Manaus-AM
Autor: Terezinha Patricia
08 de Dez de 2001

O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) pretende utilizar a estrutura do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) para dar velocidade e segurança na transmissão de dados das eleições de 2002, principalmente para os municípios mais distantes e as áreas de fronteira do Amazonas. O valor do convênio ainda não foi definido, mas os detalhes técnicos estão em discussão e tudo depende de um sinal verde do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Outra providência para melhorar a transmissão de dados é a compra, pelo TSE, de 300 antenas VT-Sat para distribuir aos Estados da Amazônia.

O presidente do TRE-AM, desembargador Roberto Hermidas de Aragão, ainda não arrisca fixar um tempo para a divulgação do resultado das urnas, mas está se valendo de todos os recursos tecnológicos disponíveis para que a apuração seja viabilizada no menor espaço de tempo. Nas eleições de 2000 o tribunal tinha comunicação via satélite com pouco mais de 20 municípios, que enviavam dados direto para a máquina totalizadora, em Manaus. A parceria com o Sivam vai garantir a transmissão de dados on-line nas faixas de fronteira e áreas indígenas, como em São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus).

O tribunal quer evitar surpresas como a que aconteceu no ano passado, quando uma chuva muito forte impediu o envio dos disquetes via helicóptero, de São Gabriel para Manaus, no dia 4 de outubro. Isso atrasou o planejamento do TRE na totalização de dados referentes ao município. O acesso a quase todas as 21 seções rurais de São Gabriel é feito via aérea, porque as cachoeiras impedem a navegação, explica o presidente, para dar uma idéia da dimensão do Amazonas e das dificuldades de acesso. Com o apoio do Sivam, a idéia é transmitir os dados diretamente das áreas indígenas para Manaus, sem necessidade de passar pela sede da cidade. Trata-se de uma eleição federal e estadual, diferente de pleito municipal, que obrigatoriamente tem de passar pelo município, explica Aragão.

As sedes das cidades não causam preocupação, porque todas serão cobertas por antenas parabólicas. Além disso, o TRE tem disponíveis dez neras, um sistema de telefone portátil via satélite, que já foi utilizado nas eleições de 2000 no arquipélago de Anavilhanas, em Novo Airão (a 115 quilômetros de Manaus), na costa do Jatuarana e Paraná da Eva, em Itacoatiara (a 170 quilômetros de Manaus), e no Município de Maraã (a 681 quilômetros de Manaus).

As eleições de 2000 custaram em torno de R$ 3 milhões no Amazonas. O valor das próximas ainda não foi definido, porque depende da finalização dos planejamentos operacional e orçamentário, o que deve ser feito até final de janeiro de 2002, para envio ao TSE. Em decorrência das dificuldades e da densidade eleitoral, o custo por eleitor no Amazonas é um dos maiores do País. Nas eleições passadas foi de R$ 3,10. Esse custo é encontrado dividindo-se o orçamento pelo número de eleitores. A última conferência totalizou 1.434.257 eleitores inscritos no Amazonas, número que deve subir até o dia 8 de maio, quando encerra o prazo para novas inscrições ou transferência de domicílio.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.