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Transposição do Paraíba do Sul depende da chuva

OESP, Metrópole, p. A16
17 de Jan de 2015

Transposição do Paraíba do Sul depende da chuva
Acordo em Brasília prevê que obra para socorrer o Cantareira só vai operar após a recuperação da Bacia do Rio Paraíba

Fabio Leite - O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Considerada a principal obra para socorrer o Sistema Cantareira a médio prazo, a transposição de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para a Represa Atibainha, um dos reservatórios do manancial em crise, corre o risco de não entrar em operação assim que for concluída. A previsão é março de 2016.
Em reunião nesta sexta-feira, 16, em Brasília, o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, e representantes dos governo de São Paulo, Rio e Minas Gerais, aprovaram um relatório no qual ficou definido que a transferência de água da Represa Jaguari, em Igaratá, interior paulista, para o Cantareira, só poderá ser iniciada após a recuperação da Bacia do Rio Paraíba do Sul.
A exemplo do Cantareira, a bacia que abastece mais de 10 milhões de pessoas no Rio, incluindo a capital fluminense, atravessa a pior seca de sua história. Nesta sexta, o nível dos quatro reservatórios que formam a Bacia do Rio Paraíba chegou a apenas 2% da capacidade. Além da região metropolitana do Rio, a bacia atende cidades do Vale do Paraíba, em São Paulo, e trecho de Minas, somando 15 milhões de pessoas.
Segundo o Estado apurou, a transposição de água deve ser liberada quando a bacia do Paraíba voltar a registrar ao menos 25% da capacidade de armazenamento, índice alcançado pela última vez no fim de julho do ano passado. A exigência faz parte de acordo fechado nesta sexta que definiu novas regras de operação dos reservatórios do Paraíba do Sul para garantir mais segurança hídrica.
Mesmo que a Represa Jaguari, que nesta sexta estava com 2,4% da capacidade, se recupere antes dos demais reservatórios da bacia, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) não poderá fazer a transposição de 5 mil litros por segundo para a Atibainha, que nesta sexta estava com apenas 4,3% da capacidade, considerando a segunda cota do volume morto.
A transposição foi anunciada por Alckmin em março de 2014, com prazo de conclusão de 14 meses e custo de R$ 500 milhões. A proposta causou uma briga com o governo do Rio e o acordo só foi fechado após as eleições. Uma versão final do projeto, agora orçado em R$ 830 milhões, deve ser apresentada no próximo mês. A obra receberá recursos do governo federal e Alckmin tenta a aprovação de um regime de urgência para acelerar a licitação.

OESP, 17/01/2015, Metrópole, p. A16

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