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Transcontinental e BR-319 são temas do Fórum Amazônia Legal 2013

Jornal Eletrônico Rondoniaovivo - www.rondoniaovivo.com
08 de Abr de 2013

Rondônia sedia, entre os dias 10 à 13 de abril, o XIX FÓRUM AMAZÔNIA LEGAL, evento que reúne os presidentes, superintendentes e dirigentes de todas as entidades do Sistema Fecomércio da Amazônia Legal. O Fórum tem como objetivo promover a troca de experiências, de tecnologias e discussões sobre temas de interesse do Sistema Fecomércio da Amazônia Legal propiciando aos seus participantes uma visão do que está sendo feito nos estados. Estarão presentes, em Porto Velho, os presidentes e os superintendentes das Federações do Comércio e os diretores do Sesc e do Senac do Acre, do Amapá, do Amazonas, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Maranhão, do Piauí, de Roraima, de Tocantins e de Rondônia para discutir como atender melhor e fazer o sistema ajudar ainda mais no desenvolvimento da região.

Por ter também um caráter político, de vez que reúne os maiores líderes do comércio da Amazônia Legal, o Fórum Amazônia Legal privilegia sempre a discussão de temas ligados ao desenvolvimento da região. Este ano os temas escolhidos são a Transcontinental e a BR-319 pela importância que representam para a integração sul americana e para o escoamento de produtos.

A Estrada de Ferro Transcontinental Brasil-Peru, Atlântico-Pacífico que será implantada uma parte no Centro-Oeste, trata-se de um megaprojeto que tem o objetivo ambicioso de unir o Atlântico ao Pacífico através de uma estrada de ferro que percorreria o território peruano e brasileiro transportaria, principalmente, fosfato do porto de Bayóvar, no norte do departamento peruano de Piura, para o Brasil, possibilitando ao mesmo tempo a exportação de soja brasileira para o mercado asiático através dos portos peruanos.

É um empreendimento pioneiro em matéria de construção de ferrovias na América Latina dada sua complexidade, e cujo investimento inicial está orçado em US$ 10 bilhões, sendo que sua construção estima-se deve levar cinco anos num total de 4.544 km de extensão.

A Ferrovia de Integração Centro-Oeste, cujo projeto será executado, com recursos do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, pela VALEC Engenharia, Construções e Ferrovias, empresa pública, vinculada ao Ministério dos Transportes. O projeto da ferrovia será executado em duas etapas e terá investimentos de R$ 6,4 bilhões, contemplará uma das regiões do país mais prósperas na produção de grãos e carne, porém, bastante carente no que se refere à logística de transporte. O trecho a ser construído na primeira etapa sairá de Campinorte/GO, cruzará o estado de Mato Grosso no sentido leste/oeste e chegará até Lucas do Rio Verde. Entre Campinorte/GO e Lucas do Rio Verde/MT a ferrovia terá a extensão de 1.040 quilômetros. Até o ano de sua conclusão (2014), a previsão é de investir R$ 4,1 bilhões. Já para o trecho entre Lucas do Rio Verde/MT e Vilhena/RO (com 598 quilômetros), a ser construído na segunda etapa, deve ser investido o total de R$ 2,3 bilhões.

No entanto, a intenção durante o evento é o de chamar a atenção e buscar unir os estados da Amazônia em torno da ideia de que, ao contrário do que está sendo feito, tendo em vista o escoamento de grãos, a prioridade da estrada está invertida no sentido de que no Norte de Mato Grosso e em Rondônia somente de soja já existem 5 milhões de toneladas que viabilizam, de imediato, o trecho Porto Velho/Vilhena com a grande vantagem de reduzir custos e desafogar a BR-364, única estrada que liga a Amazônia Ocidental ao Centro-Oeste.

Hoje, as próprias lideranças políticas e empresariais do Mato Grosso estão convencidas que a opção da ferrovia partindo de Porto Velho para Vilhena é o grande projeto a ser defendido em termos de interesses regionais e nacionais.

O outro grande tema a ser abordado é a conclusão da BR-319-Manaus/Porto Velho, uma estrada inaugurada em 1973, na época do regime militar, que já foi a principal via de acesso entre o Amazonas e outros estados brasileiros e, por falta de manutenção, se tornou intrafegável. A recuperação da única ligação terrestre do Amazonas com o restante do Brasil é um antigo anseio da população amazonense e um elo essencial para ligar o Pacífico ao Atlântico tornando possível se atingir o Caribe via Roraima.

O projeto de reconstrução da BR-319 se encontra sem ser concluído há mais dez anos e, desde então, a única ligação terrestre do Amazonas com o restante do Brasil já consumiu quase meio bilhão (exatos R$ 474.477.000,00) e não foi concretizado, pela constante criação de empecilhos de natureza ambiental numa estrada que, por se tratar de uma recuperação, não deveria ter problemas deste tipo. Concluir a BR-319 se torna, portanto, fundamental e é um dos temas mereça atenção durante o evento.

Um histórico do Fórum dos Presidentes

Procurando integrar as unidades da Amazônia Legal e promover o intercâmbio e a difusão dos casos de sucesso o Fórum ocorreu, pela primeira vez, em 2001, na cidade de Boa Vista, capital de Roraima, onde foram discutidos os estatutos e os atos constitutivos da entidade e a forma de eleição dos seus dirigentes.

Neste período passou a denominar-se Encontro dos Presidentes das Federações e Diretores Regionais do Sesc e Senac da Amazônia Ocidental e se restringia as regionais do Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia. Com sua crescente importância, encaminhamentos de questões e pleitos junto à Confederação Nacional do Comércio-CNC, a partir de 2004, no encontro realizado em Belém do Pará, passou a chamar-se de Encontro dos Presidentes do Sistema Fecomércio e Diretores Regionais do Sesc e Senac da Amazônia Legal passando a agregar também os estados de Tocantins, Amapá, Maranhão e inclusive o Piaui, ou seja, todos os estados que compõem a Amazônia Legal.

Como, nos encontros, se discutiu as especificidades e questões regionais e as decisões passaram a ser consideradas, junto à CNC, decisões do bloco, esta uniformização de procedimentos facilitou sobremaneira a execução dos programas regionais e projetos locais consolidando a experiência de cada um dos regionais. Com a realização do XI Encontro, em Rio Branco, no Estado do Acre, em 2008, por decisão unânime dos seus presidentes, a reunião que, este ano se realiza em Porto Velho, passou a ser denominado de Fórum de Presidentes, inclusive ganhando uma bandeira e símbolos que o caracterizam para identificar e destacar o evento que é o maior da Amazônia em termos de Sistema Fecomércio.

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