VOLTAR

Tietê

FSP, Painel do Leitor, p. A3
Autor: OLIVEIRA, Gesner; REI, Fernando
04 de Jul de 2008

Tietê

"Não são verdadeiras as afirmações que sustentam o título da matéria "Falha em tratamento de esgoto piora Tietê" publicada pela Folha em 22/6, a respeito do Relatório das Águas Interiores do Estado de São Paulo, da Cetesb. A interpretação errada dos dados do documento da agência ambiental paulista confunde a opinião pública em relação a um projeto fundamental e positivo para o crescimento da despoluição do rio Tietê, que é um patrimônio do povo do Estado. Os seguintes pontos devem ser esclarecidos:
1. A melhoria na qualidade das águas do rio Tietê é crescente desde que, em 1992, foram iniciadas as obras do Projeto Tietê. A poluição, que se estendia à região de Barra Bonita, foi reduzida e se limita hoje a áreas mais próximas da Grande São Paulo. Onde havia poluição, no interior, hoje há lazer, esportes e até pesca. Na Grande São Paulo, o próprio relatório mostra sensível evolução na qualidade das águas.
2. A afirmação de que foi detectado maior volume de fósforo e nitrogênio deve ser contextualizada: tais elementos são remanescentes do tratamento de esgoto. Com o aumento do volume tratado, pode ocorrer maior concentração, especialmente quando o local da coleta se dá próximo ao lançamento final.
3. A tecnologia aplicada pela Sabesp, mais que atender às exigências da legislação e seu licenciamento, está em linha com as melhores práticas internacionais.
4. Ao contrário do que afirma a matéria, a Cetesb não reconhece falha em funcionamento de nenhuma estação de tratamento da Sabesp. Cinco grandes estações são responsáveis pela remoção de 250 toneladas/dia de matéria orgânica que anteriormente era lançada no Tietê.
5. Hoje 83% de todo esgoto produzido na RMSP é coletado e 67% tratado. O governo do Estado preparou para a próxima etapa do projeto a elevação dos índices de coleta e tratamento de esgotos, em 2014, para 88% e 79%, respectivamente."
Gesner Oliveira, presidente da Sabesp, e Fernando Rei , presidente da Cetesb (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista José Ernesto Credendio - Não há erro no título nem na reportagem. O texto reproduz relatório da Cetesb que aponta aumento de nitrogênio e fósforo no Tietê após o despejo de esgoto tratado. Sobre a ETE de Barueri, diz a Cetesb no documento: "a ETE de Barueri, responsável por aproximadamente 70% da carga de esgoto tratada na RMSP, deve estar com sua operação deficiente, uma vez que o rio Tietê, na barragem de Edgard de Souza, não apresentou as melhoras dos pontos imediatamente de montante, da ponte dos Remédios e da estrutura do Retiro".

FSP, 04/07/2008, Painel do Leitor, p. A3

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.