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Testemunho vivo da mitologia tariana Cultura

Jornal do Commercio-Manaus-AM
Autor: Marcos Figueira
05 de Mai de 2004

A história da humanidade se confunde com o massacre de algumas civilizações que foram tragadas pela ambição e pelo progresso. Dialetos foram dizimados e junto com eles inúmeras etnias indígenas foram soterradas ao esquecimento.

Diante desse quadro, e visando a sobrevivência da memória e da contribuição dos povos indígenas, o escritor Ismael Tariano, sustentado pelo vigor de sua cultura, lançou este ano a segunda edição do livro 'Mitologia Tariana', pela editora Valer, em parceria com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional).

Em 163 páginas, Ismael descreve a mitologia, a origem e a história do povo tariano. O livro ganhou espaço em bibliotecas mundo afora; entrou nas escolas e no universo acadêmico como fonte bibliográfica de pesquisas em várias áreas de estudo, da graduação à pós-graduação. O autor destaca os rituais da etnia como as festas e as danças, plantas medicinais, sabedoria dos antigos e instrumentos musicais construídos pelos índios tarianos.

Enfim, a obra de Ismael Tariano, nascido em Iauaretê, no Alto Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, traz à luz a história viva desse povo.

Habitantes do rio Negro

Os tarianos pertencem à família lingüística Aruak, sendo uma das 19 etnias oficialmente reconhecidas. Há quatro etnias que são grupos pequenos não reconhecidos oficialmente na região do Alto Rio Negro, no Amazonas.

Os tarianos ocupam vários locais e sítios dispersos ao longo do médio e alto curso do rio Uaupés, um dos afluentes do rio Negro, e de um outro afluente, o Papuri. A etnia se mistura com outras comunidades indígenas, como os tukanos, dessanas e os baniwas entre outros, as quais mantêm relações socioeconômicas. Eles se utilizam culturalmente da simbologia dos rios e rituais de iniciação masculina.

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