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Terena

Gazeta de Cuiabá-MT
26 de Mar de 2002

Falta muito pouco para os índios terenas conseguirem um lugar definitivo para morar. O proprietário da Fazenda Tarumã --local escolhido pelos terenas --aceitou vender para o Incra a área de 8 mil hectares, localizada no município de Guiratinga. A decisão foi tomada na sexta-feira passada, durante uma audiência pública realizada em Rondonópolis pela Funai, Incra, Polícia Federal, prefeito e Ministério Público.

A área foi avaliada pelo Incra em R$ 10 milhões. A proposta de pagamento é dividir a quantia em duas partes: na primeira o governo federal paga em dinheiro as benfeitorias feitas na propriedade, avaliadas em R$ 2,4 milhões, o restante será pago em Títulos da Dívida Agrária (TDAs).

A proposta para a aquisição da área agora será apreciada pelo Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Mato Grosso, que irá ou não referendar a compra da propriedade.

Caso o conselho aprove a aquisição, o processo será submetido ao Conselho Diretor do Incra, em Brasília. É ele que decidirá a compra da fazenda. O proprietário da área deu um prazo de 60 dias para o Incra dar uma resposta definitiva de aquisição da área.

O processo para a compra da Tarumã estava há seis meses no Incra de Cuiabá. Na semana passada, o documento foi encaminhado para Brasília, depois que os índios ameaçaram bloquear novamente a BR-163 e a BR-364.

Durante a audiência pública, o proprietário da Tarumã autorizou a ocupação de 50 hectares da fazenda pelos terenas. Hoje, cerca de 320 índios vivem na periferia de Rondonópolis. Há cinco anos a comunidade mora na região, mas a luta por um pedaço de chão já dura 20 anos.

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