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Tendência é de baixa, segundo ONG e Minc

FSP, Ciência, p. A23
29 de Dez de 2008

Tendência é de baixa, segundo ONG e Minc

O diretor do Inpe, Gilberto Câmara, diz que as informações do Prodes não permitem afirmar com segurança qual é a tendência para o desmatamento da Amazônia nos próximos anos.
Mas, na opinião de Adalberto Veríssimo, do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), a tendência será de queda na destruição da floresta. O Imazon possui um sistema independente de monitoramento de desmate, o SAD.
De acordo com Veríssimo, a crise financeira favorece a queda do desmatamento. Segundo ele, porém, é preciso manter medidas como a restrição ao crédito de quem desmata ilegalmente, porque a destruição da floresta não ocorre somente impulsionada pela produção agrícola, mas também pela especulação. Um grileiro pode desmatar para conseguir um título da área, por exemplo. "O objetivo é se apropriar de uma área pública para revender lá na frente", explica Veríssimo.
Já o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) valorizou a queda do ritmo de desmatamento entre junho e outubro deste ano.
Segundo ele, o sistema de detecção do desmatamento em tempo real do Inpe, o Deter, mostra que outubro apresentou uma queda de 10% em relação a setembro.
"O acumulado de cinco meses [do Deter, entre junho e outubro] caiu 23% em relação aos mesmos meses do ano anterior", disse Minc. "O que isso significa? Não só o Prodes (...) basicamente estabilizou, como o Deter de outubro continua mostrando que houve uma retomada do viés de baixa." (AB)

FSP, 29/11/2008, Ciência, p. A23

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