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Técnicos em vigilância alimentar aprendem a enfrentar desnutrição indígena e beribéri

Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br
22 de Mar de 2010

A Coordenação Regional de Roraima (Core/RR) da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) capacitou 49 técnicos de enfermagem e sete enfermeiros no Sisvan (Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional). O treinamento durou três dias na sede da fundação. Entre os enfermeiros, os primeiros beneficiados foram os que atuam nos pólos-base das etnias Yanomami, Sanomã e Ye'kuana.

Segundo a nutricionista Taise Amador Gonçalves, responsável pelo programa de Vigilância Nutricional e Alimentar do distrito, durante o encontro foi trabalhada a importância do acompanhamento nutricional das crianças de até 05 anos e gestantes das comunidades indígenas.

Foi dada ênfase à importância da vigilância nutricional entre os indígenas. Ela explicou que os técnicos estão sendo preparados para trabalhar com antropometria (média de altura/peso do individuo) com os equipamentos de balanças e antropômetros utilizados pela Funasa em área, na realização dos cálculos e no preenchimento adequado de formulários.

Taíse explicou que, tanto os técnicos quanto os enfermeiros, estão sendo treinados para o programa de implantação do ferro em áreas indígenas, através de indicação medicamentosa do sulfato ferroso e do acido fólico, como forma de nutir essa necessidade.

"Ainda este mês já estaremos iniciando essa operação em comunidades do distrito Yanomami e Ye'kuana que apresentarem os sintomas da falta de ferro no organismo", afirmou.

Outro tema debatido no encontro foi quanto à importância do trabalho dos técnicos na orientação das comunidades indígenas quanto a culturas alimentares adequadas.

"Destacamos a importância do plantio de culturas que venham a melhorar a saúde, sobre programas de sustentabilidade e a valorização da prática do aleitamento materno nestas comunidades como principais aliados no combate à desnutrição e à mortalidade infantil", disse.

"A equipe também discutiu um modelo de cartilha informativa de alimentos existentes nas áreas indígenas com os valores nutricionais, traduzidos na língua materna, para que o trabalho de orientação alimentar seja feito pelas equipes em área", ressaltou.

Ela informou que os enfermeiros também foram orientados sobre a importância de estarem atentos quanto à busca ativa do beribéri, uma vez que casos da doença foram detectados no ano passado no Distrito Leste. "É importante que nossas equipes estejam capacitadas para o diagnóstico e intervenção o mais rapidamente possível", finalizou.

http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=82579

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