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Técnicas de cultivo da Embrapa beneficiam comunidades indígenas em Roraima

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
15 de Jul de 2004

Três mil índios das etnias Macuxi, Taurepang e Wapixana, distribuídos em 12 comunidades do Estado, estão sendo beneficiados com o programa de agricultura da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (Embrapa).
O programa foi implantado em 2001 e tem como finalidade ensinar os povos indígenas técnicas inovadoras do cultivo de produtos agrícolas, como mandioca, feijão caupi e frutas.
Uma boa parte desses produtos já está sendo comercializada na cidade pelos produtores da comunidade do Barro, na Vila Surumu. No Uiramutã, as comunidades Maracanã e Flechal também estão investindo na produção agrícola.
Conforme o chefe geral da Embrapa, Antônio Carlos Centeno Cordeiro, muitas comunidades indígenas já estão tendo bons resultados com o programa. Ele comentou que, por enquanto, o programa só despertou o interesse dos índios que fazem parte da Sodiur (Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima) e os da Apirr (Associação dos Povos Indígenas de Roraima). Com relação às comunidades indígenas ligadas ao CIR (Conselho Indígena de Roraima), Antônio Carlos comentou que até agora não obteve nenhuma resposta de aceitação com a implantação do programa.
"Quando realizamos a implantação das novas técnicas de plantio, a produção ainda era considerada pequena nas comunidades. Agora a realidade nesses locais é diferente, a quantidade dos produtos agrícolas triplicou. Uma boa parte dos índios de Roraima não quer mais ficar limitada à agricultura de várzea. Eles pensam agora em cultivar em áreas de cerrado", comentou.
Os produtos agrícolas mais produzidos nas comunidades indígenas são, o feijão flechal e cuapi, além da mandioca. No caso das frutas, merecem destaque a melancia, abacaxi, maracujá e banana.
O engenheiro informou que a nova tecnologia de cultivo foi implantada no mês de junho deste ano nas comunidades da Boca da Mata, Milho, Truaru, Uiramutã II, Nova Vida, Flechal, Ticoça e Anta, ligadas a Apirr.
"São doze comunidades interessadas em desenvolver o cultivo dos produtos e a sua comercialização. Nossa meta é fazer com que os índios de todo o Estado tenham melhores condições de vida, e que, futuramente, se tornem grandes empreendedores nessa área",destacou.

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