Taquara quer retomar obras de Centro Multiuso da Comunidade Quilombola

Assunto foi tratado em reunião que envolveu autoridades municipais e estaduais.

Com o intuito de retomar as obras da sede do Centro Multiuso da Comunidade Quilombola da localidade de Paredão Baixo, no interior de Taquara, técnicos extensionistas da Emater/RS-ASCAR, técnicos da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural - SEAPEDR e representantes da comunidade quilombola, reuniram-se, recentemente, com o vice-prefeito Hélio Cardoso Neto e demais membros da Prefeitura para tratar ações e encaminhamentos necessários para este fim.

Pela manhã, a reunião ocorreu entre a Emater/RS-ASCAR, o Estado e a comunidade quilombola para esclarecimentos das principais demandas solicitadas por ela, como a necessidade de acesso ao bloco de produtor, a promoção de cursos e capacitações, acesso às políticas públicas e aos atendimentos de saúde. Durante a tarde, agregando ao encontro os entes públicos, foi explanado de que forma as secretarias municipais podem auxiliar no processo de viabilização do uso do espaço com atividades recreativas, organizativas, culturais e com a prestação de serviços à comunidade.

O Centro Multiuso foi construído com recursos do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Estabelecimentos Rurais (Feaper). Segundo a técnica da Emater/RS-ASCAR de Taquara, Carine Barros, vários quilombos receberam o recurso de R$ 99.900,00, o qual financiou a fundo perdido o projeto e a execução da obra. Há alguns anos parado, por causa de problemas com a empreiteira, o projeto que tem 90% de conclusão, precisa ser retomado. "A conclusão da obra será muito importante para o desenvolvimento da comunidade", informa Carine.

Devido às obras estarem paradas e o espaço sem movimentação constante, algumas depredações começaram a acontecer no Centro Multiuso, por isso a necessidade de avaliar com a comunidade a conclusão e viabilização do uso do espaço, no sentido de valorização de um ambiente que propicie a convivência e grupalização da comunidade. Outra ideia é construir, junto ao poder público municipal, articulação de ações institucionais (políticas públicas) que garantam o uso de forma contínua, oportunizando a convivência e o acesso a serviços/atividades/políticas públicas ligadas ao programa.

Os representantes do Município se mostraram solícitos ao projeto, destacando que o Quilombo sempre foi local para a realização de atividades, tendo estas cessadas pela falta de espaço. Assim que for possível, serão disponibilizados ao local, pelas secretarias e diretorias municipais, Unidade Móvel de Saúde, cursos e oficinas, atividades culturais, educativas, de lazer, esporte e recreativas, bem como os serviços institucionais.

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