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19 de Fev de 2025
'Suicídio ecológico': aliados de Marina assinam manifesto contra petróleo na Margem Equatorial
Abaixo-assinado critica adesão a Opep+ e rebate críticas de Lula ao Ibama: "Puro cinismo"
Bernardo Mello Franco
19/02/2025
Ambientalistas, cientistas e aliados da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinaram um manifesto que critica os planos do governo para explorar petróleo na Margem Equatorial.
O abaixo-assinado critica a adesão do Brasil à Opep+ e rebate críticas do presidente Lula ao Ibama, pressionado pelo Planalto a autorizar perfurações na região.
"Atropelar o Ibama, inaugurar termoelétricas a gás 'natural' fóssil em série ou dizer que mais petróleo pode viabilizar a 'transição energética' é inaceitável. E é puro cinismo", diz o texto.
O manifesto também afirma que um estudo do Ministério de Minas e Energia "revela as reais ambições do governo" ao prever um aumento de 80% na produção de petróleo do país até 2029.
"Mais petróleo, na Amazônia ou alhures, é o caminho mais curto para nosso suicídio ecológico", critica.
Entre os signatários do abaixo-assinado, estão aliados históricos de Marina no governo e na Rede Sustentabilidade.
A lista inclui Ricardo Galvão, presidente do CNPq e suplente de deputado federal pela Rede; Liszt Vieira, ex-presidente do Jardim Botânico; e Pedro Ivo Batista, conselheiro do Conama e ex-assessor especial de Marina no MMA.
Também aderiram expoentes da academia como o climatologista Carlos Nobre e os antropólogos Eduardo Viveiros de Castro e Manuela Carneiro da Cunha.
Segundo Pedro Ivo Batista, a ministra não participou da redação do manifesto e não foi consultada sobre as assinaturas.
"O abaixo-assinado é uma inciaitiva autônoma. Muitos signatários têm relação com outros ministros. É uma reação da sociedade civil ao que está acontecendo", disse à coluna.
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