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Sojeiros podem pagar por conservação

www.emtempo.com.br
Autor: Renan Albuquerque
13 de Abr de 2007

O Fundo ProFloresta, instituído pelo governo do Estado para oficializar de forma pública e privada a cobrança financeira pela conservação ambiental dentro do território amazonense, pode começar a funcionar a partir de um contrato de pagamento com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). A informação é do site http://www.oeco.com.br/. Na página eletrônica foi destacado que o governo Braga pretende manter contato com a Abiove, no sentido de enviar relatório aos magnatas da soja do Brasil nos próximos 60 dias. No documento, serão especificadas as linhas da proposta ecofinanceira.

Todavia, segundo consta em oeco.com.br, entre apresentar a sugestão e conseguir os incentivos há um caminho longo a ser percorrido, mas o fato é que o ProFloresta, quando começar a ser posto em prática, poderar resultar em benefícios financeiros importantes para o governo do Estado, no âmbito do Zona Franca Verde (ZFV). Caso o acordo seja aceito pela Abiove, o pagamento será relativo à quantidade de carbono que o Estado está deixando de emitir ao manter em pé a floresta na região sul do Amazonas, no chamado Arco do Desmatamento.

Entre 2003 e 2005, de acordo com relatório do Estado, 600 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser jogadas na atmosfera. A perspectiva da Secretaria de Meio Ambiente é que o número possa ser repetido até o fim deste ano, quando os acordos via ProFlorestas puderem ser realizados entre governos estaduais e ainda entre o governo e algumas empresas ou entidades de classe, como é o caso da Abiove.

Segundo a SDS, o Estado do Amazonas lançou em novembro do ano passado a proposta de um fundo de combate ao desmatamento e para a conservação de suas florestas semelhante a que o governo brasileiro apresentou na Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU). Chamada de Iniciativa do Amazonas, a indicação, ressaltada em um evento paralelo em Nairóbi (Quênia), pretende incentivar empresas e pessoas a investir num fundo a ser gerido pelo governo estadual, fora de acordos internacionais como o Protocolo de Kyoto.

Agora, com a sugestão que tende a ser enviada para os sojeiros, as emissões de CO2 evitadas por meio do pagamento referente à conservação da floresta, podem ser concretizadas, segundo ideal da SDS.

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