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Sociedade global precisa reverter deterioração da biodiversidade

MMA - www.mma.gov.br
27 de Out de 2010

O estabelecimento de um pacto para implementação de um Protocolo sobre Acesso e Repartição de Benefícios e a reversão da crescente perda da biodiversidade global são os temas que pautam as grandes discussões da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-10), em Nagoia, no Japão.

Durante discurso no Segmento de Alto Nível do evento, nesta quarta-feira (27/10), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou seu otimismo e expectativa, embora receosa, em relação aos compromissos que deverão ser assumidos pela comunidade internacional na reunião.

Para ela, é hora de providenciar respostas, soluções e ações para os encontros que, em sua avaliação, correm o risco de se tornar "intermináveis e de adiarem soluções para os problemas".

"Enquanto isso acontece, ao longo dos últimos anos, não houve apenas falta de sinais relevantes na redução da perda da biodiversidade, mas os indicadores disponíveis mostram uma crescente deterioração da diversidade biológica global", disse.

Segundo Izabella, reverter o processo de deterioração da biodiversidade -resultado da atividade humana-, requer um esforço sem precedentes, com respostas fortes e determinadas de todas as sociedades globais. "É necessária vontade política para mudar os padrões com que diferentes segmentos da sociedade se apropriam de recursos da biodiversidade".

A ministra disse que Brasil está em Nagoia com o espírito de ouvir, negociar e entender as perspectivas das nações com posições divergentes, e que o País está disposto a ser flexível para alcançar um acordo que poderá não ser perfeito, mas que significará o consenso possível.

"É chegado o momento para alcançarmos bons resultados. Se perdermos esta oportunidade, em busca do acordo perfeito, nós daremos sinais que não precisamos de um pacto. Não podemos dar ao mundo esta mensagem", advertiu.

Izabella disse, ainda, que além das negociações de um Protocolo sobre Acesso e Repartição de Benefícios, fundamental para superar o déficit de implementação da Convenção e combater a biopirataria, o Brasil está discutindo um novo plano estratégico para o período pós-2010 e uma nova estratégia para mobilização de recursos.

"Uma parte central de nossos esforços futuros deve incluir suporte para as agendas nacionais de maneira que as metas sobre biodiversidade sejam atingidas, com a garantia da soberania de cada país e com recursos e tecnologias adicionais, previsíveis e suficientes", declarou.

Segundo a ministra, três desses elementos - o Protocolo sobre Acesso e Repartição de Benefícios, o Plano Estratégico da CDB e a nova Estratégia para Mobilização de Recursos - são parte de um pacote indivisível para a COP-10. "Eles deveriam ser considerados, discutidos e negociados com a atenção e urgência que o assunto merece", destacou.

Ao concluir seu discurso, a ministra chamou a atenção dos presentes para a responsabilidade ética com as novas gerações, reafirmando que não há mais tempo para retórica e ações dissociadas dos esforços multilaterais.

"Os impactos de nossa falta de ação podem recair crescentemente sobre nós mesmos e não somente nas futuras gerações. Agir agora não é apenas uma questão de vontade política, é também uma questão de responsabilidade, compromisso, visão, ética e sobrevivência", concluiu.

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