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Sivam instala radares em Rio Branco

Gazeta Mercantil-AM
Autor: Marcia Valéria
21 de Jun de 2001

O primeiro conjunto de radares primário e secundário fornecidos pela Raytheon Brasil, subsidiária da empresa norte-americana Raytheon Company, responsável pelo fornecimento e instalação dos equipamentos tecnológicos do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) foi instalado terça-feira em Rio Branco. Restam ainda oito radares, cinco primários e três secundários, a serem instalados. O processo de implantação dos sítios de radares deverá estar concluído em janeiro de 2002, segundo informou o vice-presidente da Raytheon, Carlos Gonzaga.
O Projeto Sivam vai implantar ao todo uma rede de 25 radares que garantirá a segurança do tráfego aéreo em toda a Região Amazônica. Estes equipamentos, um misto de radares primários bidimensionais, radares secundários autônomos e radares transportáveis tridimensionais, cobrirão todas as rotas aéreas da Amazônia.
Carlos Gonzaga informa que, considerando apenas os equipamentos instalados pela Raytheon até junho de 2001, já são quatro radares secundários funcionando em caráter local nos sítios de Jacareacanga e Cachimbo (PA) Manicoré (AM) e Imperatriz (MA). Em Rio Branco e Porto Velho estão instalados radares combinados, primário e secundário. Em Sinop (MT) foi instalado o primeiro radar tridimensional de vigilância. Esse radar é um conjunto primário/secundário que detecta além da posição do avião, também a sua altitude. Esses equipamentos aguardam a conclusão dos interlaces de rádios para serem ligados ao Centro de Vigilância da Amazônia (CVA), em Manaus.
A Raytheon está completando a fase de otimização e testes do sistema de radares, que também será testado oficialmente pela Comissão do Sivam antes de começar operar. Segundo Carlos Gonzaga, o cronograma de instalação dos radares está em dia. ´Tivemos que fazer pequenas modificações no cronograma original devido às chuvas, porque alguns sítios foram atingidos pela enchente´, explica. Ele informa que 70% dos radares fabricados nos Estados Unidos já estão no Brasil e que 50% do sistema dos sítios já foram instalados. ´São equipamentos modernos que mudarão a face da Amazônia no que diz respeito ao controle e à vigilância do espaço aéreo´, diz.
Os radares do Sivam deverão estar coletando as primeiras informações da região no final de 2001. Nessa primeira etapa, a área de cobertura será o eixo Boa Vista-Manaus-Brasília. Nos anos seguintes, serão implantados os eixos de Porto Velho e Belém. O Sistema vai monitorar os nove estados da Amazônia Legal, em uma área de 5,2 milhões de quilômetros quadrados. As informações geradas poderão ser utilizadas por todas as secretarias de Estado e pelas prefeituras municipais. Cada Estado receberá um kit com três computadores, impressoras e fax para gerenciar as informações.
Carlos Gonzaga explica que o sistema de radar primário fornece a localização de um alvo no espaço através da emissão de um sinal e processamento do seu eco, ao ser refletido na superfície da aeronave. O radar secundário complementa as informações fornecidas pelo radar primário, enviando um sinal de rádio de interrogação que é respondido pelo equipamento (transponders) de bordo das aeronaves. Alguns radares secundários do Sivam funcionarão de forma autônoma e isolada, que serão o do tipo bidimensional fixo (que fornecem apenas a posição do alvo e permanecerão instalados em um sítio) ou tridimensional transportável (aqueles que acrescentam a informação de altitude do alvo à sua posição e podem ser movimentados, para atender às necessidades operacionais).
Márcia Valéria de Manaus

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