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Setor madeireiro abre congresso hoje

O Liberal-Belém-PA
23 de Set de 2003

As discussões sobre o desenvolvimento de tecnologias, ao lado de uma grande feira de geração de negócios, dividem espaço no VI Congresso Internacional de Compensado e Madeira Tropical, com a sua V Feira de Máquinas e Produtos do Setor Madeireiro, com o objetivo de divulgar a indústria paraense e o potencial do setor no Estado. A solenidade de abertura da feira será às 18 horas de hoje, no teatro Maria Sylvia Nunes, da Estação das Docas. Na última versão da feira, o volume de negócios girou em torno de US$ 20 milhões. Juntos, os dois eventos já são considerados entre os de maior importância na área de florestas e madeiras tropicais das Américas, promovidos pela Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex), pela Associação Brasileira da Indústria Mecanicamente Processada (Abimci) e pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa).

Este ano 225 expositores vão ocupar, até o próximo dia 27, os galpões 4 e 5 da Companhia Docas do Pará (CDP), distribuídos em dez mil metros quadrados de novidades tecnológicas para empresas de base florestal. A feira reúne empresários, fornecedores de máquinas, equipamentos e insumos, pesquisadores, profissionais liberais ligados ao setor, ONGs, instituições públicas e de pesquisas e outros interessados na atividade florestal.

Com o tema "A atividade madeireira: problema ou solução", o congresso deste ano vai abordar, durante as palestras, que começam amanhã, assuntos relacionados à realidade atual do setor florestal paraense, entre os quais os problemas da questão fundiária no Estado, a situação dos projetos de manejo sustentável, a relação entre o Ibama e o setor florestal. Além disso, serão apresentados vários resultados de pesquisas realizadas pela Embrapa sobre o setor florestal nos últimos 20 anos.

Os temas serão abordados por especialistas do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama ), da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio ambiente (Sectam), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Ministério do Meio Ambiente (MMS), entre outros órgãos ligados ao setor.

Do Ministério do Meio Ambiente já confirmaram presença o Secretário de Florestas, Carlos da Rocha Vicente, e o Secretário de Biodiversidade, João Paulo Capobianco. Os organizadores esperam cerca de 800 participantes para o congresso, além de 20 mil visitantes à Feira.

Novos - Entre as novidades tecnológicas em destaque na Feira está uma máquina a vapor que faz o aproveitamento de resíduos, serragem, lenha e costaneira (parte da tora que não é aproveitada) para a geração de energia. A máquina recebe o vapor de uma caldeira e é capaz de gerar até 250 KVA, ou seja, energia elétrica suficiente para uma serraria de médio porte.

Estarão expostos, também, ventiladores de alto rendimento que são utilizados nas estufas e que proporcionam uma economia de energia de até 50%, em alguns casos. Outra novidade é uma máquina que mede a umidade da madeira durante a fabricação das peças e que elimina problemas futuros na madeira serrada, além de reduzir perdas no produto final. O equipamento verifica o material antes do beneficiamento e agiliza o processo de secagem. Uma serraria portátil, montada sobre pneus, no meio da mata, também será uma das atrações da feira.

Banco da Amazônia fará exposição de linhas de crédito e cases em seu estande

Além da exposição de linhas de crédito, com oportunidades para a realização de novos negócios sustentáveis, a participação de empresas consideradas exemplares no setor madeireiro e florestal no Estado será uma atração a mais no estande do Banco da Amazônia S/A (Basa) na 5ª Feira de Máquinas e Produtos do Setor Florestal, que se começa hoje e se estende até o dia 27 na Estação das Docas, simultaneamente com o 6o Congresso Internacional de Compensados e Madeira Tropical. O banco, que é um dos patrocinadores dos dois eventos promovidos pela Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Pará (Aimex), está oferecendo seu espaço na Feira para que empresas por ele financiadas exponham seus produtos e seus casos de sucesso.

O Banco da Amazônia é o único banco brasileiro detentor de um programa específico para reflorestamento (sem desmatamento) e manejo florestal. É o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Florestal (Profloresta), criado com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Essa linha de crédito do banco regional ganhou projeção internacional, em junho último, com o registro da primeira operação de crédito de uma instituição bancária brasileira para um projeto de manejo florestal, um empreendimento da Juruá Florestal Ltda., em Novo Repartimento, no sul do Estado. O contrato foi firmado na presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, durante o seminário "Certificação Florestal na Amazônia: Avanços e Oportunidades".

A Juruá foi uma das empresas brasileiras a obter o "selo verde" da Forest Stewardship Council (FSC), o mais importantre sistema de certificação florestal do mundo.

Um dos objetivos do Profloresta é o de incentivar o uso dos recursos florestais através de processos tecnológicos compatíveis com a preservação do meio ambiente

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