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06 de Mai de 2011
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em parceria com o Instituto de Medicina Tropical do Amazonas, deu início às atividades de manejo clínico envolvendo os portadores de hepatite que são atendidos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Vale do Javari. Manejo clínico, no jargão técnico dos profissionais de saúde, consiste na realização de exames para identificar o estágio da doença e definir o tipo de tratamento que cada paciente irá receber.
Desde o dia primeiro de maio, 125 índios das etnias Matis, Mayoruna e Marubo, da região do Vale do Javari, Estado do Amazonas, estão na Casa de Apoio de Tabatinga, unidade que recebe apenas portadores da doença, para realização de exames laboratoriais e ultrassonografias. Eles têm entre um e 56 anos, são moradores de três diferentes aldeias e sofrem de hepatite B ou D. Dependendo de cada caso, o tempo de duração do tratamento pode chegar a um ano e deve ocorrer na Casa de Apoio.
Para a retirada dos pacientes indígenas de suas aldeias, que levou cinco dias de viagem pelos rios da região, a Sesai contou com o apoio da prefeitura de Atalaia do Norte (AM), que cedeu um barco com capacidade para transportar 130 passageiros. Os exames laboratoriais estão sendo realizados em conjunto com o Hospital de Guarnição de Tabatinga e com o Laboratório de Fronteira do Amazonas.
De acordo com chefe do Dsei Vale do Javari, Antônio Costa, a Sesai investiu R$ 120 mil em aquisição de combustível, alimentação e deslocamento de profissionais para as atividades de manejo clínico. Um médico, duas enfermeiras, dois bioquímicos, uma nutricionista, seis técnicos de enfermagem, dois agentes de endemias, além de equipe de apoio participam do trabalho na Casa de Apoio de Tabatinga. Os portadores de hepatite também farão exames de malária, teste rápido de HIV e sífilis e exames clínicos de rotina.
O Dsei Vale do javari tem uma população de quase cinco índios pertencentes a 11 etnias diferentes. As próximas atividades de manejo clínico na região envolvendo novos grupos de portadores de hepatite B e D estão previstas para julho e setembro.
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