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Serviço Florestal apoia assentamento do Pará com potencial para manejar andiroba

Serviço Florestal - http://www.florestal.gov.br/
01 de Jul de 2011

Os moradores do Projeto de Assentamento Cristalino, no oeste do Pará, participam a partir deste sábado, 2, de uma oficina de desenvolvimento organizacional participativo promovida pelo Serviço Florestal Brasileiro que poderá ajudá-los a utilizar, de forma sustentável, os produtos não madeireiros de suas terras.

O assentamento possui uma alta concentração de árvores de andiroba por hectare, cujo óleo pode ser usado com fins medicinais ou para produzir cosméticos. Apesar desse potencial, de 100 comunitários entrevistados para o Inventário Florestal Participativo do assentamento, apenas 35 trabalham com a espécie e somente 12 comercializam seus produtos.

A oficina que será realizada no fim de semana vai estimular os moradores a avaliar a organização do grupo e a identificar questões que podem ser melhoradas. Para que a comunidade use conjuntamente os recursos da floresta em benefício das famílias, é fundamental que eles tenham uma associação ou cooperativa fortes.

"Organizados e fortalecidos eles tem mais chance de buscarem alternativas para comercializar produtos e incrementar a renda", afirma a técnica da Unidade Regional do Serviço Florestal em Santarém (PA), Cristina Sosniski, que participará do encontro. O diagnóstico participativo pode ajudar a comunidade a encontrar soluções para problemas já identificados por eles, como a baixa união entre os agricultores.

UNIÃO - O trabalho em grupo é especialmente útil no caso do PA Cristalino, já que as famílias ocupam lotes individuais. Para manejar a floresta e extrair óleo de andiroba em escala comercial, é preciso que várias famílias se envolvam na atividade, tanto com mão de obra quanto pela disponibilização de sua área para a extração.

Segundo o Inventário Participativo realizado no assentamento em 2010 com apoio do Projeto BR-163, há potencial para produzir mais de 8 mil litros de óleo de andiroba por ano. O preço de venda do litro praticado por moradores do assentamento variou entre R$ 10,00 e R$ 20,00 no ano passado. O assentamento tem 283 hectares disponíveis para o manejo da andiroba.

A oficina de diagnóstico organizacional participativo será feita em parceria com a Cooperação Técnica Alemã (GIZ). Os facilitadores e os comunitários vão analisar o histórico do grupo, como se dá a convivência entre seus membros, quais são seus pontos fortes e oportunidades. "Eles vão analisar os problemas, debatê-los e ver se é preciso mudar. É algo construído coletivamente", diz Cristina.

Os resultados darão origem a um plano com o objetivo de buscar soluções e pode ser o primeiro passo para auxiliar os comunitários a superar os desafios envolvidos para manejar a andiroba e efetivamente obter renda para as famílias.

http://www.florestal.gov.br/

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