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Senadores temem novos conflitos e querem atuação enérgica da PF

Brasil Norte-Boa Vista-RR
28 de Jul de 2004

Os movimentos das últimas semanas em torno da demarcação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol preocupam os senadores Mozarildo Cavalcanti (PPS) e Augusto Botelho (PDT), que ontem estiveram na Superintendência da Polícia Federal. Hoje, os dois devem ir ao Ministério Público Federal alertar sobre o risco de conflitos. Arrozeiros acusam índios ligados ao Conselho Indígena da Roraima (CIR) de invadirem fazendas, sobretudo as produtoras de arroz, visando danificar o patrimônio, intimidar funcionários e prejudicar a colheita. No outro extremo, os indígenas afirmam que têm direitos prejudicados por interesses de grupos empresariais de Roraima.
De acordo com Mozarildo Cavalcanti, a demarcação da área de forma não contínua tem ganho corpo e seria o motivo dessa nova crise que estão tentando provocar no Estado. "Esse clima só interessa ao CIR. Estão invadindo áreas para tumultuar novamente o processo, pois o bom senso prevalece até agora nas decisões judiciais", opinou.
A Justiça Federal em Roraima, o Tribunal Federal da 1ª Região, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal têm julgamentos recentes favoráveis aos que defendem a manutenção de terras produtivas, de estradas, de vilas e de municípios na área demarcada, o que contraria os interesses do CIR e a tese defendida pela Funai. Mozarildo Cavalcanti atribui ao presidente da Funai, antropólogo Mércio Gomes, a responsabilidade por esse clima de tensão que se instalou no Estado. "A vinda dele a Roraima foi apenas para desviar a trajetória do problema no sentido de uma solução pacífica. A Polícia Federal precisa ficar atenta para não permitir conflitos".

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