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Seminário promovido pelo Crea-TO defende a implantação da hidrovia Araguaia-Tocantins

Gazera Mercantil-DF
Autor: Marcos Nunes de Palmas
11 de Jul de 2001

A hidrovia Araguaia-Tocantins facilitará a exportação e importação de produtos das regiões Norte e Centro-Oeste, movimentando grandes volumes, consolidando cadeias produtivas, servindo como alavanca para a economia e atraindo investimentos para toda a região. Esta é a síntese das palestras proferidas no seminário realizado ontem em Palmas pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea).
A defesa da implantação de um corredor de transporte fluvial no Estado, utilizando os rios Araguaia e Tocantins, foi unânime.
A hidrovia integra o Programa Avança Brasil do governo federal. Porém, as audiências públicas que debatiam o empreendimento e o relatório de impacto ambiental com a população estavam suspensas porque a Justiça Federal considerava necessários mais estudos.
Segundo o engenheiro Leonardo Bento, da Ahitar, todas as ações e mandatos que impediam a realização das audiências públicas foram cassadas e agora depende do Ibama marcá-las.
A Comissão para Questões Ambientais do Ministério dos Transportes, por sua vez, trabalha meios para facilitar o processo jurídico dessa hidrovia, mas é impossível saber quando algo realmente será decidido, contou o representante do Ministério dos Transportes presente no evento, Paulo Roberto Godoy.
`A Comissão tem contato permanente com o Ibama e eles decidirão a melhor data para a audiência. Como envolve questões jurídicas, todas as decisões precisam ser bem pensados`, disse Godoy. O que há como certo é que, se iniciasse agora sua implantação, os resultados somente serão obtidos em quatro a cinco anos. Por isso, também Confea e Crea incentivam a ampliação desse debate como forma de acelerá-la e pressionar os órgãos que decidem seu futuro.
Na opinião de Godoy, o Ibama cumpre um papel relevante, junto com o Ministério do Meio Ambiente. `O ministério não prioriza um ou outro meio, mas a logística de transporte. Isso significa que tenta tornar disponíveis para a sociedade uma rede de transportes onde possa haver barganha e negociação, trabalhando com os modelos mais eficientes`, disse. Segundo Gogoy, o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, considera o modelo multimodal -como o que pode ser praticado no Tocantins - um dos mais eficientes. `No caso do Araguaia-Tocantins, pagamos pela inovação do estudo. Esse trabalho, entretanto, acabou por dar mais valor aos termos de referência do que à informação`, afirmou Godoy.

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