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Secretário do Ministério da Saúde debate saúde indígena em Roraima

Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=68576
20 de Ago de 2009

O secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (MS), Antônio Alves de Souza, está em Roraima para conhecer de perto o atendimento prestado a saúde indígena por meio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Ele chegou anteontem e fica até amanhã, 21. Na quarta-feira, realizou reunião interna na Funasa. Ontem esteve em Xitei, na terra indígena Yanomami, e hoje conversa com os índios ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR).

As informações obtidas junto aos indígenas e à autarquia federal devem subsidiar a implantação da Secretaria Especial de Atenção à Saúde Indígena, vinculada ao MS. A saúde indígena sairá do controle da Funasa até dezembro de 2010, após um pedido de cerca de 200 lideranças feito, ano passado, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Funasa em Roraima já deu o primeiro passo na concessão de autonomia aos Distritos Sanitários Especiais (DSE) Leste e Yanomami, uma das exigências dos índios. O primeiro atende 34 mil indígenas de oito etnias, enquanto o segundo é responsável pela assistência médica de 17 mil índios Yanomami e Ye'kuana.

Enquanto a Secretaria Especial não é criada, os distritos ficarão vinculados à Funasa, mas administrarão de forma independente os recursos públicos. As gerências dos dois distritos já procuram sedes próprias.

RECUSA - Segundo levantamentos da reportagem, hoje lideranças do CIR devem oficializar a Antônio Souza que não aceitam que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), vencedora da licitação, assuma a assistência à saúde no Distrito Sanitário Especial Leste.

O Conselho Indígena de Roraima deve indicar a Diocese para o trabalho. As demais instituições, incluindo o CIR, continuam inadimplentes com a Funasa, segundo informações da autarquia.

VISITA - A visita do representante do Ministério da Saúde não agradou a diretoria da Hutukara Associação Yanomami (HAY). Em e-mail enviado a Folha, a instituição informa o descontentamento por ele ter visitado Xitei e não Auaris, ambos na reserva Yanomami.

Conforme a HAY, Auaris enfrenta surto de malária e merece atenção redobrada. Esta foi a região que a instituição pediu que fosse visitada por ele, "mas na hora de verificar as situações graves, desrespeitam o que havia sido combinado e escolhem lugares menos problemáticos para visitar, repassando assim para a imprensa e seus superiores que a situação não é tão grave como as lideranças indígenas denunciam", diz o documento, assinado por Davi Kopenawa Yanomami, presidente da HAY.

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