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Secretária: multa à CSA deve ser mais severa

O Globo, Rio, p. 24
30 de Dez de 2010

Secretária: multa à CSA deve ser mais severa
Punição por acidente em agosto foi de R$1,3 milhão; valor por outro dano será ainda definido

Ruben Berta

A secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, afirmou ontem acreditar que o Conselho Diretor do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) irá aplicar uma multa severa à Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) por causa da emissão de fuligem em Santa Cruz. A punição, cujo valor será definido na próxima quarta-feira, deve superar o R$1,3 milhão da penalidade aplicada à empresa por causa de um outro acidente ambiental, em agosto deste ano.
- Além da reincidência, desta vez ainda houve o agravante da não comunicação imediata do problema - ressaltou a secretária.
Marilene disse que a multa aplicada em agosto ainda não foi completamente paga pela CSA. Foi feito um acordo para que parte do valor fosse abatido com obras de melhorias no esgotamento sanitário e na dragagem e drenagem dos córregos no entorno da comunidade São Fernando, que foi atingida pelo problema. Os trabalhos estão em andamento.
Conforme antecipou a coluna "Negócios e Cia" ontem no GLOBO, a CSA foi notificada pela Secretaria do Ambiente que terá que operar com o máximo de 70% de sua força até que resolva o problema da emissão de fuligem em Santa Cruz. A empresa confirmou em nota que irá acatar a decisão operando "durante os próximos 30 dias com 70% de sua capacidade nominal".
Uma empresa de engenharia fará uma auditoria exigida pelo Ministério Público e pelo Inea. A definição deve ocorrer nos próximos dias.
Empresa promete limpeza ou indenização
A CSA também informou em nota que "aguarda que a Secretaria do Ambiente determine o perímetro da região de Santa Cruz em que considera que as casas tenham sido atingidas pela poeira de grafite no dia 26 de dezembro passado para que as residências sejam contempladas com uma limpeza ou de remuneração correspondente ao valor desse serviço".
A empresa dará informações para a população das proximidades do complexo siderúrgico pelo telefone 0800-021 5123. O atendimento também receberá queixas.

O Globo, 30/12/2010, Rio, p. 24

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