Correio Braziliense-Brasília-DF
29 de Jun de 2001
Os indígenas do sertão de Pernambuco estão morrendo de fome, por conta dos efeitos da seca prolongada na região. Lideranças da tribo kambuiá, do município de Ibimirim, a quase 400 quilômetros do Recife, em reunião com a Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do estado, queixaram-se da falta de assistência à saúde dos índios, cada vez mais debilitados, doentes e famintos.
De acordo com Luciene Silva, líder dos três mil índios kambuiá, a seca de quase dois anos na região e a falta de alimentos são os responsáveis pelo aumento dos casos de pneumonia. Os indígenas cobram maior atenção, por parte da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e da Fundação Nacional do Indio (Funai).
Enquanto a seca piora a vida dos nordestinos a cada dia, continua a busca por dinheiro do governo federal. Em Salvador, os governadores da região decidiram encaminhar ao presidente Fernando Henrique Cardoso uma proposta de perdão temporário de 50% do valor da dívida com a União. Em troca, investiriam o dinheiro em combate à seca. Os estados do Nordeste, em seus acordos de renegociação de dívidas, pagam 13% de sua arrecadação por mês à União.
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