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Seapa descarta aftosa, mas anuncia ação na Serra do Sol

Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/
Autor: Vaneza Targino
17 de Ago de 2010

Quatro bezerros doentes levaram as equipes sanitárias do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Agência de Defesa Animal e Agropecuária de Roraima (Aderr) a iniciar uma ação emergencial na entrada da área indígena na Raposa Serra do Sol (RSS), na vila do Surumu, em Pacaraima.

Os veterinários já descartaram a possibilidade da doença ser febre aftosa e agora irão realizar uma inspeção em todas as comunidades que praticam a pecuária. Ainda não se sabe a quantidade de animais - bovinos, suínos e caprinos - na região infectados com essa doença.

A FolhaWeb entrevistou o médico veterinário do Departamento de Sanidade Animal do Mapa, Ronaldo Teixeira, que tranquilizou os pecuaristas confirmando os exames de sorologia que já descartaram a febre aftosa. "O que identificamos, na última quinta-feira, foram feridas na boca de quatro bezerros em estágio de cicatrização. Acreditamos que possa ser algum tipo de doença vesicular", disse ao explicar que o momento é de varredura na região.

Para evitar qualquer contaminação em outras regiões, até a inspeção sanitária ser concluída numa ação no prazo de até dez dias, foram montadas três barreiras sanitárias - Vila Surumu, na BR 174, na Balsa do Passarão e rotatório do Bonfim com Normandia. Nenhuma Guia de Trânsito Animal (GTA) está sendo emitida para essa região.

A presidente da Aderr, Rosirayna Remor, explicou que dessa forma nenhum animal saíra da região. "Precisamos garantir a sanidade animal na região e, com essa inspeção, iremos saber de fato o número populacional dos animais dentro da área indígena Raposa Serra do Sol. Esse tipo de procedimento é de rotina e já foram realizadas várias inspeções em Roraima", disse ao garantir que os procedimentos adotados são para esclarecer o diagnóstico.

A necessidade de mapear o total exato de gado criado dentro da área indígena será possível com a inspeção que vem sendo feita por cinco equipes técnicas de médicos veterinários que estão percorrendo as comunidades indígenas em Surumu, Região das Serras, Maturuca, Araçá, Placas, Contão e na entrada da área indígena de São Marcos.

A presidente da Aderr, Rosirayna Remor, garantiu que num prazo de até 10 dias os trabalhos serão concluídos. Ela acrescentou que as lideranças indígenas estão sensíveis ao problema e também recebem orientação sobre as doenças que acometem os animais das unidades volantes que percorrem a região. "Os prejuízos poderão ser maiores se não identificarmos essa doença e combatê-la", comentou.

Estão atuando nessa ação equipes da Aderr, Departamento de Sanidade Animal (DSA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Superintendência Roraimense do Mapa. "Quero alertar que qualquer suspeita de qualquer doença em animais criados para o abate deve-se acionar a Aderr de forma imediata", alertou.

O criador de gado pode ligar para o telefone 2121- 8660 ou procurar uma das unidades da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seapa) instaladas na sede de todos os municípios do interior, para comunicar algum caso suspeito de doença entre os animais.

A segunda fase da campanha de vacinação contra a febre aftosa inicia em outubro e os pecuaristas terão 30 dias para vacinar o rebanho. A Aderr ainda aguarda por 15 dias a emissão das notas da compra das doses de vacina e dessa forma a GTA poderá ser emitida.

O Brasil está há cinco anos sem febre aftosa e as ações em casos suspeitos são realizadas com inspeções sanitárias nas regiões. Em Roraima, a população bovina chega a 625.092 animais e, na última campanha de vacinação, a meta não foi atingida. Foram vacinados 564.93 animais, cerca de 90% do gado.

http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=92682

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