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Saúde indígena enfrenta entraves políticos

Revista ComCiencia
10 de Abr de 2005

A preocupação em ter um sistema de saúde voltado exclusivamente para indígenas no Brasil é recente. Data de 1999, quando a responsabilidade deixou de ser da Fundação Nacional do Índio (Funai) para ser da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). A preocupação com a saúde do índio passou a ser mais preventiva do que curativa e voltada para as diferenças étnicas existentes no país com a criação dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Embora essa política tenha ampliado o acesso à saúde no território nacional, seus progressos não impediram os altos índices de mortalidade nas populações indígenas, como ficou claro no recente episódio de mortes de crianças por desnutrição em Mato Grosso do Sul, principalmente no município de Dourados (MS).

Litogravura de Rugendas do século XIX

O contato com os brancos introduziu enfermidades nunca antes presentes em comunidades indígenas

Divididos em 34 territórios, definidos de acordo com termos técnicos e étnico-demográficos, os DSEIs não coincidem, necessariamente, com as fronteiras municipais existentes (veja mapa). Os Distritos contam com conselhos, dos quais participam representantes do governo, profissionais de saúde, usuários e representantes de comunidades indígenas, que definem estratégias e controle de execução de políticas de saúde. Uma das metas é a busca pela humanização do tratamento da saúde do índio e uma compreensão global desta no sentido de prover condições mais dignas a essas populações.

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