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Satélite

CB, Opinião, p. 24
Autor: CARTAXO, Ricardo
01 de Jun de 2006

Satélite

Causou surpresa o teor da matéria "Sem direito a imagens" (29/5, pág. 10). O satélite CBERS-2 não está sendo desativado quando se aproxima da América do Sul. No final de abril, a câmera CCD apresentou problema ao ser desligada, o que poderia causar sobrecarga ao sistema de energia do satélite. Como precaução, o problema está sendo analisado pelos engenheiros chineses e brasileiros para estabelecer um modo de operação que garanta a vida do satélite. Durante esse período, a câmera CCD não está sendo ligada. A CCD é ligada quando o satélite se aproxima da área de cobertura de uma estação de recepção do Brasil ou da China, operação realizada pela estação que irá receber as imagens obtidas pelo satélite. Não é correto afirmar que as câmeras do satélite são desativadas propositalmente quando ele se aproxima do Brasil. Não ligar a câmera CCD durante o período de testes foi uma decisão conjunta do Brasil e da China. A decisão de colocar o CBERS-2 em um novo modo de operação rotineira será tomada também em conjunto. Cabe esclarecer, também, que órgãos do governo brasileiro não estão sem monitorar o território brasileiro, pois outros satélites, como Landsat, Terra e Aqua estão operando normalmente e suas imagens são recebidas pela estação do Inpe em Cuiabá.

Ricardo Cartaxo, coordenador do Programa CBERS, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

NR: As informações de que a câmera do CBERS-2 é desativada quando o satélite se aproxima do Brasil foram passadas ao Correio pelo senhor Ricardo Cartaxo, coordenador do Programa CBERS, no dia 26/5. Na entrevista, por telefone, ele informou que o equipamento é desativado propositalmente quando o satélite está sobre a Venezuela. Permanece desligada durante toda a órbita pelo céu brasileiro e só é ativada novamente quando o CBERS-2 está sobre a Argentina. Segundo Cartaxo, o desligamento faz parte de um acordo com a China, que é proprietária de 70% do satélite. Ainda de acordo com o coordenador, a medida é fundamental para aumentar a sobrevida do CBERS-2.

CB, 01/06/2006, Opinião, p. 24

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