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Sangue de índios é vendido pela internet

A Tribuna -Rio Branco-AC
04 de Mar de 2002

O Ministério Público Federal de Rondônia investiga denúncia de comercialização on-line de sangue de índios Karitiana e Suruí. O material, segundo a advogada Maria Cecília Felipini, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi, organismo da Igreja Católica), é oferecido no site da organização americana Coriell Cell Repositories, que comercializa DNA e moléculas com informações genética capazes de apontar se a pessoa será gorda, careca ou míope.

O sangue dos Karitiana e Suruí, segundo o pesquisador Franz Baco, poderia conter uma substância favorável na cura da obesidade. Baco esteve em Rondônia em 1982. O diretor da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antônio Pereira, disse que esse tipo de coisa não acontece no Acre.

No Acre, o MPF investigou organizações missionárias estrangeiras que atuavam em várias tribos indígenas. Uma delas, a Missão Novas Tribos do Brasil, foi obrigada a deixar o Acre, acusada de biopirataria.

A MNTB fazia coleta de sangue possivelmente para prestar atendimento médico à comunidade. "Eles tinham equipamento sofisticado", disse o procurador Marcus Vinícius Aguiar.

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