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14 de Jul de 2008
A Conab divulga nesta segunda-feira (14) novo edital de leilão do gado apreendido em Altamira, no Pará, dentro da Estação Ecológica Terra do Meio durante operação batizada de "boi pirata". O novo leilão será realizado na próxima segunda-feira (21).
A decisão foi tomada em reunião entre o Ibama, a Conab e o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome ( MDS), logo após a primeira tentativa de leiloar 3.500 cabeças da raça nelore e anelorado, devidamente vacinadas, cujo valor apurado será destinado ao Fome Zero e outros projetos sociais.
O leilão eletrônico de hoje atraiu a participação de 14 Bolsas de Mercadorias de todo o Brasil. Mas não houve lance. O vice-presidente da Bolsa de Cereais de São Paulo, Reinaldo Rosanova, que acompanhou pessoalmente o leilão na sede da Conab, explica porque não fez oferta. "Tinha comprador para todo o lote, mas o preço estava acima do mercado."
O preço de abertura de todos os lotes somados foi de R$ 3,9 milhões. Durante esta semana, o valor será reavaliado por técnicos que vão considerar a complexidade de retirada do gado da área, entre outros fatores. "O Ibama acredita que isso fará com que haja um deságio no preço inicialmente proposto", avalia o diretor de Proteção Ambiental, Flavio Montiel. O novo valor será divulgado nesta quinta-feira pela Conab.
O resultado do leilão de hoje não surpreendeu o governo. "É uma reação normal do mercado, principalmente por se tratar de uma primeira operação de leilão desse gado", diz o superintendente da Conab, João Cláudio Dalla Costa. Segundo ele, essa situação é recorrente nos leilões. Recentemente, o governo quis comprar 300 mil toneladas de milho e só conseguiu 11 mil toneladas.
Qualquer pessoa física ou jurídica pode participar do leilão, à exceção do fazendeiro multado pelo Ibama por descumprir determinação judicial e continuar criando as 3.500 cabeças de gado dentro da unidade de conservação Terra do Meio. Também são vetados os infratores ambientais contumazes.
O gado apreendido pelo Ibama permanece sob a guarda de policiais militares. Quem arrematar o "boi pirata" terá segurança para retirá-lo da Terra do Meio.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, considerou normal e acredita que no segundo leilão a questão seja resolvida. Ele considerou positivo o fato de haver pessoas interessadas no leilão, o que demonstra existir comprador para os gados apreendidos. Ele reafirmou que a política do boi pirata terá continuidade.
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