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17 de Nov de 2008
A iniciativa da MMX Mineração de criar uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) no Pantanal, investindo em conservação muito além das obrigações compensatórias definidas pelo estudo de impacto ambiental da siderúrgica de ferro-gusa implantada em Corumbá, demonstra o compromisso do Grupo Eike Batista com a preservação dos recursos naturais no Brasil.
A opinião é do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello, que conheceu na semana passada a Reserva Engenheiro Eliezer Batista, situada na fazenda Novos Dourados, margem esquerda do Rio Paraguai, na região da Serra do Amolar. A unidade foi criada em agosto, com uma área de 13.323 hectares, e é considerada de alta prioridade de preservação.
"A reserva da MMX é uma extraordinária contribuição para a perpetuação de um bioma tão frágil como o Pantanal", disse Mello. "Revela, sobretudo, a consciência ambiental do empreendedor, cujo exemplo deve ser cada vez mais incentivado para que possamos garantir a integridade dos nossos biomas. Vejo uma RPPN mais importante do que criarmos unidades federais", completou.
Rômulo Mello destacou, ainda, como positivo nessa relação do instituto com a iniciativa privada o fato de a RPPN Eliezer Batista ter nascido de uma decisão pessoal do empresário Eike Batista. "Não fomos nós, governo, que provocamos a criação da reserva numa região estratégica para ampliarmos as áreas de proteção ao entorno do Parque Nacional do Pantanal; ela nasceu do empreendedor."
O presidente do ICMBio quer estreitar as relações com o empresariado brasileiro, partindo desse exemplo de Eike Batista, para estimular a criação de novas RPPNs e fortalecer a gestão dos recursos naturais. "A conservação dos biomas brasileiros passa pela construção de parcerias com a sociedade, e não há nenhum preconceito em relação a participação do setor industrial", ressaltou.
Visita - Durante viagem ao Pantanal de Corumbá, como palestrante de um curso sobre estratégias em conservação do meio ambiente para policiais militares ambientais de todo o Brasil, Rômulo Mello conheceu a sede da RPPN Eliezer Batista, cuja visita foi registrada em livro. A sede fica situada numa elevação da morraria, de onde se observa a rara beleza cênica do lugar.
Técnicos do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), gestor da RPPN, explicaram ao visitante que a região onde se encontra a unidade caracteriza-se pelo encontro repentino da Serra do Amolar com a planície inundável, permeada por quatro tipos de biomas: Cerrado, Pantanal, Amazônia e Floresta Chiquitanas (ambiente típico da Bolívia), com grande diversidade de espécies e ambientes.
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