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Roraima vai exporta grãos para Venezuela

Brasil Norte-Boa Vista-RR
17 de Jun de 2003

A exportação começa em setembro de 15 mil toneladas só este ano que significa R$ 10 milhões de exportação para o país vizinho

O empresário Dirceu Vinhal ver na soja uma grande oportunidade de investimento na Venezuela

Para evitar que aproximadamente 15 mil toneladas de soja produzidas em Roraima deixem de ser exportadas para a Venezuela por falta de uma autorização do país vizinho, como aconteceu no ano passado, o presidente da Cooperativa Grão Norte, Dirceu Vinhal, fechou um acordo com o Governo venezuelano. O acordo, denominado por Vinhal, de "política da boa vizinhança", garante a entrada da soja no país vizinho, desde que seja plantada uma vitrine tecnológica, ou seja, o presidente da Cooperativa se comprometeu de plantar 15 hectares de soja em solo venezuelano.

Segundo ele, a plantação deverá acontecer no final desde mês, no Estado Ansuadeguie, perto de El Tigre na Venezuela, mas as terras são de um agricultor do local.
Vinhal explicou que a produção dos 15 hectares será vendida nas redondezas. "É um negócio. E o acordo não foi com a Cooperativa, mas pessoa física, porém, ele beneficia a venda da produção em todo o Estado de Roraima", explicou.

O presidente da Cooperativa disse também que os 15 hectares plantados na Venezuela são apenas simbólicos, isso porque para abastecer o mercado de soja venezuelano seriam necessários 550 mil hectares. "Temos produção em Roraima que alcança esse mercado, então vamos continuar investindo nisso", afirmou.
De acordo com Vinhal, a exportação de soja para Venezuela começa em setembro, logo após a colheita, cuja previsão é de 15 mil toneladas para este ano, o que significa R$ 10 milhões de exportação para o país vizinho, só com a soja. O presidente da Cooperativa disse que esse valor já aquece a economia de Roraima, porque o Estado recebe os impostos.

Desenvolvimento
O secretário de Desenvolvimento de Roraima, Aniceto Wanderlei, disse em Manaus, durante encontro Binacional Brasil Venezuela, que o Estado de Roraima tá começando a se tornar um atrativo na condição de grão, e a idéia e vendermos os grãos e importar insumos da Venezuela.
Segundo ele, hoje 80 por cento dos produtos que são comercializados a nível de alimentos na Venezuela, são importados de outros países.

Só no ano passado, eles gastaram em torno de 26 milhões de dólares só para aquisição de feijão. Então com esses intercâmbios e com essa expansão agrícola do estado de Roraima a tendência e que outros produtos possam adentrar no mercado da Venezuela, disse Aniceto Wandeley.
Segundo Aniceto, uma empresa - Coposa - que trabalha na fabricação do óleo de soja, já está em contato com produtores de Roraima também.

Frango
O secretário de Desenvolvimento contou que, há uns 45 dias atrás, uma autoridade venezuelana entrou em contato com ele, para ver a possibilidade de adquirir algo em torno de 1 milhão de quilos de frango a cada 15 dias, com pagamento adiantado, sendo que depois de sete dias do dinheiro cair na conta, eles queriam as carretas na fronteira com a Venezuela.
Segundo Anicete, ele e o deputado estadual Raul Lima, estiveram com o presidente da Codesaima, para ver a possibilidade de viabilizar a venda. Só que o Estado não tinha volume de produção, para atender essa demanda do mercado venezuelano.

" Hoje os insumos utilizados para a produção de frango é muito cara. produzimos frango a um custo muito alto, que é mais cara, do que se nós trouxéssemos frango de fora", disse
Mas, segundo Aniceto, com essa expansão da produção de grãos , especificamente do milho, nós podemos utilizar para a produção de frangos, já que o mercado da Venezuela e altamente consumidor desse produto.

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