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Rodenburg quer produzir plastico com mandioca

GM, Telecomunicacoes & Informatica, p.A11
05 de Dez de 2003

Rodenburg quer produzir plástico com mandioca
O governo do Pará planeja firmar parcerias com empresas holandesas na área da biotecnologia. Uma dessas parcerias poderá ser com a Rodenburg Groep - Biopolimers, que atua na fabricação do bioplástico a partir do amido da mandioca modificado. "A produção do bioplástico representa um avanço fantástico porque reduzirá os impactos causados pelo plástico convencional ao meio ambiente", disse o governador Simão Jatene, ao retornar de uma viagem de cinco dias à Holanda. O Estado do Pará é o maior produtor nacional de mandioca, com 500 mil hectares de área plantada e uma produção anual que já ultrapassa cinco milhões de toneladas. Jatene acredita que a produção do bioplástico a partir do amido modificado da mandioca abrirá novos mercados para os agricultores paraenses. A Rodenburg Biopolimers detém 40% do mercado holandês de fabricação do bioplástico, com tecnologia própria, que vem ganhando espaço na concorrência com os fabricantes de plástico reciclado. Modernizar uma das culturas mais tradicionais da região amazônica, a da mandioca, é o objetivo do governo paraense. O plantio da mandioca é uma atividade característica de subsistência e que possui um nível de tecnologia muito baixo. Os produtores não têm recursos para investir em insumos, que poderiam aumentar a produtividade das áreas plantadas. A falta de recursos é um problema comum na agricultura familiar e que o governo estadual vem tentando solucionar por meio de parcerias com a iniciativa privada. Em julho de 2004 vai entrar em operação a primeira fecularia de mandioca do Pará, na região de rio Moju, que está sendo implantada pelo empresário Benedito Pantoja. "Escolhi a fecularia para diversificar meus negócios porque é um produto com vasto uso industrial e com um grande mercado nacional e internacional", explica o empresário. Pantoja é membro da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (Abam). Por meio da associação, ele está entrando em contato com as indústrias do centro sul brasileiro que irão comprar sua produção. "Por enquanto vou trabalhar apenas com fécula in natura, mas a meta é partir para a produção de amidos modificados que servem de insumo para indústrias como as de química fina", disse ele. A nova unidade tem capacidade para processar 200 toneladas de raízes de mandioca, com a produção de 50 toneladas de fécula por dia.

GM, 5-7/12/2003, p. A11

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