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13 de Nov de 2010
Ocorre neste sábado (13), na Justiça Federal de Ji-Paraná, em Rondônia, o leilão de 7 mil metros cúbicos de madeira apreendida de madeira irregular no estado. Suficiente para encher cerca de 280 caminhões, a madeira leiloada deverá gerar recursos para serem investidos em projetos de meio ambiente e para indígenas.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF) de Rondônia, o dinheiro será aplicado após a análise de projetos apresentados pelo Ibama e pela Funai. No pedido para a realização do leilão, o procurador da República Daniel Fontenele rgumentou que a extração irregular de madeira em terras indígenas ocorre "há mais de 30 anos". O distrito de Boa Vista do Pacaranã, em Espigão D'Oeste, seria o "polo convergente de tais ações criminosas", segundo Fontenele.
A madeira leiloada foi retirada ilegalmente de três terras indígenas: a Reserva Roosevelt, habitada por índios Cinta Larga, a Sete de Setembro, dos indígenas Suruí, e a Zoró. De acordo com o MPF, um levantamento do Ibama estima em R$ 674 mil o valor das madeiras em tora e em R$ 159 mil o da madeira serrada.
Das 11 madeireiras existentes em Boa Vista do Pacaranã, apenas uma tem licença para operação, de acordo com o MPF. O distrito fica a cerca de 5 quilômetros da Reserva Roosevelt, a 3 da Zoró e a 9 da Suruí, o que facilita a ação de madeireiros no interior das terras indígenas.
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