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Rio fecha acordo para diminuir emissão de gases do efeito estufa

FSP, Ciência, p. A14
07 de Mar de 2007

Rio fecha acordo para diminuir emissão de gases do efeito estufa
Adesão a projeto da ONU prevê plantio de 10 milhões de árvores no Estado

Janaina Lage
Da sucursal do Rio

O governo do Rio assinou ontem o primeiro acordo de um Estado brasileiro com o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, o Rio foi também o primeiro a aderir à nova campanha do Pnuma para o plantio de 1 bilhão de árvores no planeta.
O acordo permitirá ao Estado fazer um balanço das emissões da indústria, dos transportes e da agricultura, além de ajudar a criar de um plano de redução.
"Queremos acabar com as queimadas de cana e mudar os combustíveis dos ônibus, já que o diesel é muito poluente", disse Minc, que diz querer combater também as emissões dos 80 lixões do Estado do Rio.
O protocolo de cooperação inclui o auxílio para o desenho de estratégias institucionais para reduzir emissões, a produção de indicadores confiáveis e as informações necessárias para a formulação de políticas públicas. O prazo de vigência do protocolo é de 24 meses, mas ele pode ser prorrogado.
O Rio deve implementar um programa de reflorestamento que prevê o plantio de 10 milhões de árvores. Segundo Minc, a Petrobras se comprometeu a plantar 3,6 milhões delas ao redor do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), O governo estadual plantará 2 milhões em torno do Arco Rodoviário e 1 milhão às margens do rio Guandu. A Vale do Rio Doce plantará 1 milhão de mudas na Ilha Grande.
Apesar de não envolver grande troca de recursos, Minc diz que o protocolo de cooperação ajuda o Rio a economizar. "Há recursos por meio de acesso a softwares e técnicos. Sem esse apoio, gastaríamos uma fortuna para o balanço de emissões, o plano de redução e medidas de mitigação de emissões".
O diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, presente à assinatura do acordo, afirmou que o país está descobrindo que o problema das mudanças climáticas não se restringe apenas à Europa e aos Estados Unidos.
Ele destacou ainda que a economia deverá ser afetada pelas questões climáticas, mas que ainda é difícil prever seus efeitos. Segundo ele, o Brasil ocupa uma posição-chave para influenciar o restante do mundo.

IPCC no Rio
Quinze anos depois de reunir representantes de diversos países para discutir a questão ambiental durante a Eco-92, o Rio vai sediar a divulgação da última parte do quarto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), em outubro, disse Minc. Trata-se de um relatório-síntese, que inclui dados sobre vulnerabilidade e mitigação.

FSP, 07/03/2007, Ciência, p. A14

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