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Rio faz acordo para reduzir emissões

OESP, Vida, p. A13
06 de Mar de 2007

Rio faz acordo para reduzir emissões
Parceria com agência da ONU trará metodologia para estimar danos

Karine Rodrigues, RIO

O governo do Rio e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) assinam hoje um protocolo de cooperação para combater o aquecimento global. O convênio prevê apoio técnico para a implantação de um programa estadual de redução dos gases do efeito estufa, que inclui, por exemplo, o repasse de uma metodologia para produzir indicadores mais confiáveis sobre a quantidade de poluentes lançados na atmosfera.

Na ocasião, o diretor-executivo da agência, Achim Steiner, vai lançar no Brasil uma campanha mundial para plantar 1 bilhão de árvores no planeta.

A parceria com o Pnuma, destacou ontem o secretário de ambiente, Carlos Minc, tem um significado importante para o Rio, que pretende ser a capital ambiental do Brasil e sediar, no ano que vem, a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP). "Queremos ser um pólo de tecnologia limpa, e o Brasil está muito atrasado nisso. Ficamos cobrando dos países ricos a implementação do Protocolo de Kyoto, que exige legalmente deles a redução das emissões de gases poluentes, mas precisamos também ter responsabilidade. E o Rio é um Estado no qual as áreas de siderurgia e petróleo ainda vão crescer muito", observou ele, referindo-se a duas atividades de grande potencial poluidor.

SEM NOÇÃO DO ESTRAGO

Segundo Minc, o Estado ainda não tem um levantamento que dê conta da quantidade de emissões de gases do efeito estufa, mas a informação é considerada fundamental para a elaboração de políticas públicas, diz ele, lembrando que ao tomar posse, em janeiro, criou uma Superintendência de Clima e Mercado de Carbono.

Entre os projetos elaborados, mas ainda não executados, está a conversão dos ônibus que operam na região metropolitana do Rio, substituindo combustíveis mais poluentes pelo gás natural. "Já conseguimos apoio da Petrobrás e do BNDES", diz Minc.

O convênio com a ONU vai ser útil também ao Projeto de Neutralização de Carbonos do Estado do Rio, que a Secretaria do Ambiente vai lançar em breve, buscando a recomposição da mata atlântica, bioma que hoje está reduzido a menos de 7% de sua área original, segundo a ONG SOS Mata Atlântica.

OESP, 06/03/2007, Vida, p. A13

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