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Reuniao do clima termina com promessa de reducao

O Globo, Ciencia e Vida, p.47
10 de Dez de 2005

REUNIÃO DO CLIMA TERMINA COM PROMESSA DE REDUÇÃO
Nenhum acordo formal, porém, é acertado para diminuir o lançamento de gás carbônico depois que o Tratado de Kioto deixar de vigorar
MONTREAL, Canadá. A conferência das Nações Unidas sobre o clima terminou ontem com muitas promessas, mas nenhum acordo formal. Delegados de países ricos concordaram em negociar um acordo para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases associados ao efeito estufa após 2012, quando o Tratado de Kioto deixará de vigorar.
Mais uma vez, os Estados Unidos — os maiores emissores de gases-estufa do planeta — se recusaram a fazer qualquer redução. Os EUA também estão fora do Tratado de Kioto, sob a alegação de que os cortes de emissões abalariam severamente sua economia. Além disso, também querem que países em desenvolvimento — em especial Brasil, China e Índia — reduzam o lançamento de gases-estufa, o que não está previsto no Tratado de Kioto.
O ex-presidente americano Bill Clinton, que defende a adesão dos EUA a Kioto, disse que seu país e o mundo precisam adotar tecnologias mais limpas e outras fontes de energia o mais depressa possível. Clinton frisou que não há mais dúvidas sobre o impacto das atividades humanas sobre as mudanças climáticas.
Pelo Tratado de Kioto, que entrou em vigor em fevereiro, os países desenvolvidos precisam cortar suas emissões (combinadas) em 5% abaixo dos níveis de 1990 entre 2008 e 2012. Segundo a BBC, os acordos que começaram a ser discutidos em Montreal podem dar aos 157 países signatários de Kioto sete anos para negociar e ratificar novas medidas de combate às mudanças climáticas.

O Globo, 10/12/2005, p. 47

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