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Reunião debate alternativas de renda para índios da Ilha do Bananal (TO)

Procuradoria da República no Estado do Tocantins - www.prto.mpf.gov.br
Autor: Rogério Franco
10 de Jul de 2008

Procurador destacou a necessidade de auto-sustentabilidade dos índios, que devem priorizar a geração de renda sem interferência dos fazendeiros.

Lideranças das etnias javaé e karajá que habitam a terra indígena na Ilha do Bananal estiveram reunidos nesta quinta-feira, 10 de julho, na Procuradoria da República no Tocantins, com o procurador Álvaro Manzano e com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Instituto Chico Mendes, Banco do Brasil e Banco da Amazônia, com o objetivo de debater possíveis alternativas de renda para as comunidades. Após cinco horas de reunião, durante a qual foi cogitado pelos índios o retorno do gado à ilha, foram encaminhadas duas propostas.

Será realizado um levantamento dos técnicos agrícolas indígenas, que serão apoiados pela Funai na capacitação para prestação de assistência técnica aos projetos do Pronaf, a serem implantados nas aldeias pelo Ruraltins. Também foi marcada uma reunião entre Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Funai, Ruraltins e associações indígenas Conjaba e
Inymahadu para tratar de planejar o atendimento específico e diferenciado aos indígenas no âmbito do Pronaf, a ser realizada no Ruraltins, no dia 16 de agosto, às 13h.

Entre os pontos destacados na reunião pelos representantes das instituições bancárias estava o Pronaf, linha de crédito voltada à agricultura familiar, que tem juros diferenciados para os produtores rurais em diversas atividades, além da linha de financiamento para Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), que tem uma proposta de apoio integral, desde o planejamento da produção até a comercialização. Também foram esclarecidas as necessidades do cadastro
e da declaração de aptidão, que no caso dos índios deve ser fornecida pela Funai.

Entre as dúvidas estavam os prazos de carência e o investimento no ecoturismo, para o qual a Ilha do Bananal apresenta além de grande potencial, uma demanda que não pode atualmente ser atendida por falta de estrutura. Neste caso, por ser um empreendimento a médio prazo, não foi descartada a possibilidade, mas a prioridade deve ser dada a projetos de produção de alimentos, que podem ser executados a curto prazo.

O procurador da República Álvaro Manzano destacou a necessidade de auto-sustentabilidade dos índios, que devem priorizar a geração de renda sem interferência dos fazendeiros ou mesmo cogitar um retorno à antiga política assistencialista voltada aos índios brasileiros.

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