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Restauração de área degradada

http://www.ipt.br
26 de Jan de 2011

Os Centros de Tecnologias de Recursos Florestais (CT-Floresta) e de Tecnologias Ambientais e Energéticas (Cetae) do IPT desenvolveram um projeto com início previsto para março de 2011, denominado "Recuperação da Trilha da Pedra Lisa", referente a um trecho de ligação entre a histórica Vila de Paranapiacaba, em Santo André e o município de Cubatão, inserido no Parque Estadual da Serra do Mar.

Com investimento de R$ 400 mil reais da Fundação para a Conservação e Produção Florestal do Estado de São Paulo (Fundação Florestal), órgão vinculado à Secretaria do Meio Ambiente, e R$ 2 milhões do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos (FID), da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo, o projeto tem por objetivo recuperar a área degradada e revitalizar a trilha utilizando técnicas não-convencionais de engenharia. Estão previstas também atividades de oficinas de capacitação e de educação ambiental e a elaboração de um manual de conservação da trilha para reabertura ao turismo em dois anos.

De acordo com a Fundação Florestal, existem estudos que indicam evidências e vestígios de que se trata de uma trilha histórica, anterior à Calçada do Lorena, com cerca de 500 anos. A trilha, com seis quilômetros de extensão e uma área afetada de 30 km², tem inicío na Vila de Paranapiacaba, importante patrimônio histórico tombado pelo Condephaat e destino consolidado de ecoturismo na região metropolitana de São Paulo, com intensa visitação pública pela facilidade de acesso rodoviário e ferroviário.

A trilha encontra-se fechada para visitação devido ao seu estado de degradação, decorrente do uso indevido e irregular, e aos riscos que este cenário traz à população visitante e ao meio ambiente, especialmente por ser uma área suscetível a processos naturais de deslizamento.

A paisagem, a mata, a cachoeira da Pedra Lisa e o poço das Moças são de excepcional beleza e importante conteúdo histórico, por ter sido um dos primeiros acessos entre a baixada e o planalto. O projeto contemplará a identificação do traçado original da trilha, a adequação de traçado existente, a concepção de soluções de engenharia para a estabilização dos processos de movimento de massa, a recuperação das áreas degradadas e a estruturação da trilha com vistas à reabertura para a visitação pública.

Por meio do uso de técnicas de recuperação ambientalmente sustentáveis e de baixo impacto, é também objetivo do projeto ordenar o uso da área pública, possibilitando apoio à economia local voltada ao turismo, melhorando os indicadores sociais para a cidade de Santo André e servindo de apoio ao turismo e à educação ambiental.

"A reabertura da trilha promoverá o uso de técnicas de engenharia não-convencionais aplicadas à dinâmica da paisagem e proporcionará melhoria à segurança dos visitantes, aumentando a conscientização em relação à preservação histórico-cultural e ambiental da trilha. A capacitação de monitores irá torná-los aptos a trabalharem em área de uso público, colaborando para a conservação do Bioma Mata Atlântica", afirma Ligia Ferrari, responsável pela Seção de Sustentabilidade de Recursos Florestais do IPT.

http://www.ipt.br/noticia/291-restauracao_de_area_degradada.htm

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