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Reservas extrativistas do Rio Ouro Preto, Barreiro das Antas e Cuniã, em Rondônia, ganharão plano de manejo sustentável.

Ibama
04 de Abr de 2003

Até o final deste ano, as Reservas Extrativistas do Cuniã e do Rio Ouro Preto, terão seus planos de manejo concluídos e em funcionamento. Isso significa que essas unidades de conservação de uso sustentável, responsáveis pela preservação de centenas de hectares - a maior parte em áreas de floresta -, contarão com um documento técnico que definirá as prioridades e a forma de exploração dos recursos naturais da fauna e da flora, além da prestação de serviços de ecoturismo. A informação é do chefe do Centro Nacional de Populações Tradicionais e Desenvolvimento Sustentável - CNPT/Ibama, Atanagildo de Deus Matos. Além do Cuniã, Barreiro das Antas e do Rio Ouro Preto, outras oito reservas serão contempladas com os planos de manejo este ano na região Norte do PaÍS.
A novidade é que os planos de manejo das reservas permitirão às populações residentes fazerem o manejo de madeira e de animais silvestres quando esses recursos estiverem disponíveis na área, o que até então não era permitido. Além dos dois novos itens as reservas já produzem borracha, castanha, palmito, essências vegetais, óleos, mel, peixes e fibras variadas. Em algumas delas destaca-se ainda a produção artesanal. Os planos de manejo serão úteis na orientação dessa produção e garantirão o uso sustentável dos recursos naturais, ajudando a preservar a floresta para as gerações futuras.
As reservas extrativistas são um modelo genuinamente brasileiro de ocupação sustentável de áreas nativas. Ao criar uma reserva, o governo tira os habitantes tradicionais da condição de posseiros e dá a eles o status de cidadãos, com direito ao usufruto da terra e seus recursos naturais. Além ter os direitos garantidos por lei, os extrativistas ainda recebem ajuda de custo para a reforma da casa e a compra de equipamentos essenciais, financiamentos para a produção extrativa sustentável e assistência técnica - como é o caso dos planos de manejo que serão elaborados com apoio do Ibama.
Com a vida lastreada no meio ambiente, os extrativistas das reservas tornam-se fundamentais na conservação dos recursos naturais. "Nas reservas não existe grilagem de terra, ocupação desordenada, retirada ilegal de madeira ou tráfico de animais", explica o chefe do CNPT. Segundo ele, a profunda relação dos moradores das reservas com a natureza cria uma simbiose que garante a sobrevivência de ambos
(-Ibama-Brasília-DF e Rondoniagora-Porto Velho-RO-04/04/03)

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