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Reserva Particular do Patrimônio Natural no Pantanal vira sítio Ramsar

MMA - www.mma.gov.br
27 de Mai de 2009

Uma das paisagens naturais mais conhecidas dos brasileiros acaba de ser reconhecida como ecossistema de área úmida de importância internacional para a manutenção da diversidade de espécies e o bem-estar das populações humanas. A Fazenda Rio Negro, que foi cenário da novela Pantanal e desde 2001 é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, recebeu ontem o título de Sítio Ramsar. É o 9o do Brasil e o de número 1864 em todo o mundo.

Com sete mil hectares no Mato Grosso do Sul, a RPPN Fazenda Rio Negro pertence à ONG Conservação Internacional e integra o Corredor da Biodiversidade Cerrado-Pantanal. Cenário de rara beleza, pontuado por centenas de lagoas, a área abriga matas ciliares, praias, cordilheiras, baías, salinas e campos sujos onde já foram catalogadas 243 espécies de plantas e avistadas mais de 500 espécies de animais, dos quais 36 sob ameaça de extinção (na lista do MMA) como a arara-azul, o tatu-canastra, o cachorro-vinagre e o cervo-do-pantanal. A Reserva é utilizada para ecoturismo (a antiga sede da fazenda foi transformada em hotel) e para pesquisa de campo de instituições acadêmicas.

Além de fortalecer institucionalmente a RPPN, que passa a ter a chancela de um acordo internacional, o título de Sítio
Ramsar facilitará o intercâmbio técnico-científico com outras experiências de conservação de biodiversidade e uso sustentável de áreas úmidas do Planeta e permitirá acesso às linhas de financiamento da Convenção: o Fundo de Pequenas Subvenções (Ramsar Small Grants Fund) e o Fundo Zonas Úmidas para o Futuro (Wetlands for the Future Fund), cujos recursos podem ser solicitados para financiar a implementação de projetos de conservação e uso sustentável em zonas úmidas, especialmente dos Sítios Ramsar.

A entrega do título foi feita pela conselheira da Convenção Ramsar para as Américas, Maria Ramirez, e a secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito, na abertura da 4ª Reunião Ordinária do Comitê Nacional de Zonas Úmidas, coordenado pela SBF do MMA e integrado por representantes dos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores, do ICMBio, do Ibama, da Funai, da Embrapa, de ONGs e de instituições acadêmicas.

Maria Cecília pediu a atenção dos participantes ao atual momento político do País, onde "a legislação ambiental está sendo colocada em xeque por leituras equivocadas, que não contribuem para o desenvolvimento sustentável".

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