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Reserva Biológica do Jaru é ampliada

Diário da Amazônia-Manaus-AM
Autor: Paulo Borges
03 de Ago de 2005

Depois de anos de luta por parte de ambientalistas e o Ibama, a Reserva Biológica do Jaru, localizada nos municípios de Ji-Paraná, Vale do Anari e Machadinho do Oeste, foi ampliada e ganhou mais 9 quilômetros de largura e mais 100 quilômetros de extensão com as margens do rio Machado. A fazenda Bela Vista vizinha da reserva foi desapropriada e agora faz parte da unidade de conservação.

O presidente do Ibama, Marcos Barros, em visita a Rebio Jaru na última semana assinou o processo de desapropriação da fazenda que tinha sérios problemas de invasão e por onde ocorriam as invasões na unidade. A Rebio Jaru ganhou aproximadamente 84 mil hectares incorporado nos 268.150 hectares da reserva. "Antigamente a reserva só tinha alguns trechos nas margens do rio Machado. Agora temos mais de 100 quilômetros de margens e mais de nove quilômetros de largura", disse o biólogo do Ibama, Juliano Rodrigues Oliveira.

Criada em julho de 1979, a reserva biológica, preserva características da região, dentro da unidade brotam inúmeras nascentes e igarapés que sustentam animais, plantas e principalmente o rio Machado.

Invasões

Um dos graves problemas enfrentados pelos técnicos do Ibama são as invasões, desmatamentos, queimadas ilegais e caça de animais na reserva. A equipe formada por 11 técnicos permanece 24 horas e os 365 dias do ano na unidade segundo Juliano Rodrigues. Para ampliação da reserva consultas populares foram realizadas nos três municípios que abrangem a reserva. Aproximadamente 70% da fazenda desapropriada encontra-se preservada, os 30% serão recuperados através de um projeto que o Ibama vai desenvolver com a criação de um viveiro de mudas nativas da região que vão reflorestar a área degradada. As 15 famílias que estão dentro da área desapropriada serão retiradas e indenizadas pelo Governo Federal. Além do Ibama que administra a Reserva Biologia outros órgãos de fiscalização ambiental como a Policia Ambiental e o Sedan colaboram com a fiscalização. A educação ambiental vem sendo desenvolvido com parcerias da comunidade, colônia de pescadores, escolas e universidades, o trabalho visa melhorar as condições de vida da população e facilitar o trabalho de proteção da reserva.
(Paulo Borges-Diário da Amazônia-Manaus-AM-03/08/05)

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