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Reserva Biológica de Poço das Antas tem novo plano de manejo

Ibama
Autor: Jaime Gesisky
21 de Fev de 2005

A Reserva Biológica de Poço das Antas, localizada no município de Silva Jardim (RJ), tem novo plano de manejo. O documento já está sendo implementado na reserva que possui 5.500 hectares de Mata Atlântica. A unidade de conservação foi a primeira do gênero a ser criada no país, em 1974. Poço das Antas nasceu com o objetivo de conservar a Mata Atlântica de baixada fluminense e suas espécies, principalmente o mico-leão-dourado (Leonthopitecus rosalia) e a preguiça de coleira (Bradypus torquatus).

O novo plano de manejo define as novas áreas de entorno da reserva, incluindo locais de relevância para a proteção do bioma, considerado um dos mais ameaçados do mundo. Até o advento do SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação, o entorno das UCs - Unidades de Conservação era preestabelecido no raio de 10 quilômetros a partir dos seus limites. Com as novas diretrizes, o entorno de uma UC passa a englobar toda e qualquer área de importância para a conservação da biodiversidade e mesmo da diversidade cultural.

"No caso de Poço das Antas, um sítio arqueológico localizado no município de Araruama, a 50 quilômetros da Rebio, passará a ser considerado como seu entorno e, assim, deverá receber tratamento especial" explica Rodrigo Varella Mayerhofer, chefe da reserva. Também entrará no mesmo critério a nascente do rio São João, que fica a cerca de 60 quilômetros da reserva, entre os municípios de Rio Bonito e Cachoeira de Macacu.

O documento, formulado a partir de recursos da compensação ambiental da obra de um gasoduto que passa próximo à reserva, também redesenhará as áreas no interior da Rebio que poderão ser utilizadas para proteção, pesquisa e educação ambiental, as três únicas atividades permitidas na unidade. Trata-se de uma ampla redefinição que norteará todas as ações feitas na reserva a partir de agora.

Micos-leões-dourados - Poço das Antas abriga a maior população de micos-leões-dourados selvagens. São cerca de 50 grupos e um total de aproximadamente 300 indivíduos. A reserva é de acesso restrito ao público, sendo aberta para pesquisadores de várias partes do mundo que procuram o local para o desenvolvimento de pesquisas científicas.
((Jaime Gesisky-Ibama-Brasília-DF-21/02/05)

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