24 Horas News
21 de Mai de 2008
Deve chegar a qualquer momento na cidade de Juína (735 Km de Cuiabá), representantes da Funai e Funasa de Brasília, Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso e Casa Civil, para negociar com os índios de nove etnias a liberação da MT-170 bloqueada desde domingo (18). A informação é do Assessor de Imprensa da Prefeitura Adovaldo Ferreira. "O prefeito de Juína Hilton Campos também esta vindo acompanhando essas autoridades, a expectativa é que possa resolver o problema ainda hoje", disse Ferreira, que não confirmou o horário previsto para a chegada da equipe.
Os índios protestam contra a demora do governo em prestar "atendimento e assistência de saúde nas aldeias, nos pólos de saúde e casas de saúde indígenas da região e solução para suspender a construção das PCHS (pequenas centrais hidrelétricas) no alto Juruena. Outra cobrança é na compensação dos impactos causados pela PCH Juina e Rede Cemat construída na reserva dos povos Cinta Largas". "Na questão saúde só aceitamos negociar com a FUNASA, com mais ninguem", disse um líder indígena da etnia Rikbaktsa, afirmando que saúde é a principal reivindicação dos povos.
No domingo, o grupo disse que daria prazo de 8 dias para os pedidos serem atendidos ameaçaram derrubar torres de transmissão do sistema nacional de energia deixando cidades da região às escuras.
Na tarde da ultima segunda feira (19), a juíza plantonista Lidiane de Almeida Anastácio Pampado, determinou por meio de liminar, que os índios desinterditem a rodovia, o prazo vence hoje. "Como existe uma situação de risco, eu deferi a liminar para que os órgãos responsáveis cumpram a ordem e tomem as providências", destacou a magistrada.
Foram notificados a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Governo de Mato Grosso. O Comando Geral da Polícia Militar de Juína deve cumprir a decisão em 48 horas, sob pena de incidir em multa diária de R$ 15 mil.
Os indígenas contrataram advogados para contestar a liminar que determina a liberação da estrada.
A Polícia Militar já recebeu reforço dos municípios vizinhos e aguarda decisão superior para cumprir a liminar.
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