VOLTAR

Representante indígena defende a construção de escolas alternativas com sustentabilidade

Folhamax http://www.folhamax.com.br/principal
09 de Mar de 2018

O projeto de construção de escolas indígenas em locais de difícil acesso foi comemorado pela indígena Francisca Navantino Pinto de Ângelo, da etnia Paresi, que participou de um workshop em Cuiabá, que selou a parceria entre a Seduc e Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops).

Para Chiquinha, como é conhecida, a projeto de escolas em forma de cocar (um adorno usado na cabeça pelos índios) é importante para os indígenas. Trata-se de um arquitetura alternativa de construção para locais de difícil acesso, onde se chega somente de barco.

"Não é o cocar em si, pois ele tem um significado, várias representações importantes. Tanto para os indígenas como para o Estado de Mato Grosso. Para nós indígenas a questão que importa é cultura, na vida, no ciclo da vida, também a relação com a natureza, na língua", diz.

De acordo com ela, depois da apresentação (no workshop), a comunidade espera que o desejo de uma escola, em forma de cocar e sustentável, seja atendido.

Chiquinha, que foi aplaudida após seu discurso, é representante do Conselho Estadual, o primeiro no país, conforme dispositivos legais.

Inovação

No workshop, a Seduc e a ONU se uniram numa discussão para buscar alternativas de construção de escolas em locais de difícil acesso.

Foi um debate técnico direcionado a engenheiros e arquitetos que planejam a infraestrutura das escolas estaduais em Mato Grosso. O foco principal foi mostrar a necessidade de inovação, seguindo parâmetros internacionais de sustentabilidade.

Os representantes da ONU abordaram a importância de planejar um projeto integrado, que atenda aos anseios da comunidade, utilizem insumos locais e que seja adaptado ao meio ambiente que será inserido.

Essa iniciativa busca incentivar que os arquitetos ousem em seus projetos e pensem em escolas com tecnologias construtivas alternativas em harmonia com a natureza e respeitando a cultura local.

A Seduc defende a construção alternativa, aproveitando o máximo possível de mão de obra e material local, além de reconhecer projetos mundialmente considerados de alto padrão, com modulares isotérmicos que acabam diminuindo o calor.

Esse modelo é recomendado para regiões do Estado, onde não tem energia elétrica. Outra preocupação da Seduc é com o meio ambiente, com fossas e banheiros adequados que não poluam. São construções que utilizam telhas de fácil transporte em locais de difícil acesso e dê pouca manutenção.

http://www.folhamax.com.br/cidades/representante-indigena-defende-a-con…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.