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Relatório de Quintão favorece Exército

Folha de Boa Vista - Boa Vista - Roraima
Autor: Alexsandra Sampaio
22 de Mar de 2001

O ministro da Defesa afirma que o relatório dele irá fortalecer a pretensão do Exército em construir quartel no Uiramutã

Após visitar o município de Uiramutã, local escolhido pelo Exército para instalação do 6o Pelotão Especial de Fronteira, o ministro da Defesa, Geraldo Magela Quintão, anunciou ontem que o relatório de sua visita no Estado será repassado aos advogados do ministério a fim de que reforcem o parecer a favor da construção naquela localidade junto aos órgãos judiciais.
As obras do quartel foram embargadas em janeiro, quando o juiz federal Helder Girão Barreto concedeu liminar favorável às comunidades indígenas ligadas ao Conselho Indígena de Roraima (CIR), que são contra a permanência do Exército naquela localidade.
Depois da visita de ontem, o ministro Quintão disse estar convicto de que o Exército decidiu pelo melhor lugar para construir o Pelotão. "A decisão agora é da Justiça sobre a instalação ou não da PEF em Uiramutã, mas não existe interesse do Exército em mudar o local da instalação do quartel até porque o lugar escolhido é estrategicamente o melhor", ressaltou.
Ele destacou ainda o apoio dado pelas comunidades e lideranças indígenas, além dos parlamentares de Uiramutã, para a implantação do pelotão no município. Durante a visita do ministro, lideranças indígenas favoráveis a construção da unidade militar aproveitaram para entregar ao ministro um abaixo-assinado com cerca de 2.500 assinaturas à favor da instalação do PEF.
"Deu para sentir de perto o que acontece naquela região e, pelo que foi visto, a comunidade de um modo geral, os líderes indígenas e, principalmente, a prefeita do Município, Florany Mota (PPB), demonstraram que estão ansiosos para que este impasse seja resolvido", disse.
"Falo aqui de questões relacionadas ao desenvolvimento social que podem ser implantadas após a instalação do quartel naquela localidade, além da importância da presença das Forças Armadas na região que fica a 150 quilômetros da fronteira", disse ao garantir que com a permanência do Exército na região a comunidade terá garantia ao acesso à serviços de saúde e de ensino.

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