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30 de Jul de 2024
Recursos públicos para investimentos de impacto socioambientais superam R$ 200 milhões
Repasse é um dos pilares da Estratégia Nacional da Economia de Impacto, lançada em 2017 e reeditada no terceiro mandato do governo Lula
Carin Petti
30/07/2024
A destinação de recursos a negócios que colaborem para a solução de problemas socioambientais é um dos pilares da Estratégia Nacional da Economia de Impacto (Enimpacto), lançada em 2017 e reeditada no terceiro mandato do governo Lula. Segundo Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os recursos públicos destinados aos segmento ultrapassam R$ 200 milhões neste ano, com destaque para linhas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e fundos do BNDES.
"A Enimpacto vem com a perspectiva de desenvolver negócios que tenham resultados financeiros, mas que também contribuam para resolver problemas sociais e ambientais", diz ele. "Os problemas climáticos, ambientais e sociais que a gente vem vivenciando no mundo demonstram que esse modelo econômico linear, exploratório de recursos naturais, está falido, e que é uma questão de emergência a gente buscar outras formas de produzir."
RHAE (Recursos Humanos em Áreas Estratégicas) - Com valor total de R$ 61 milhões, a linha de fomento do programa, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), é destinada à contratação de pesquisadores de universidades para atuar na área de P&D de empresas, incluindo startups. Os profissionais devem se dedicar à busca de soluções voltadas à economia de impacto e/ou para os setores beneficiados pelo programa Nova Indústria Brasil, como cadeias agroindustriais sustentáveis, complexo econômico industrial de saúde, transporte público, saneamento e moradia sustentáveis, transformação digital da indústria, bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energética e tecnologias de interesse para soberania e defesa nacional. As empresas participantes poderão solicitar até R$ 300 mil por projeto na forma de bolsas de fomento tecnológico do CNPq, destinadas ao pagamento dos pesquisadores.
BNDESPar - Três Fundos de Investimentos em Participações (FIPs) selecionados em chamada pública da BNDESPAR de 2021 têm previsão de captação de até R$ 1,8 bilhão para investimentos exclusivos em negócios de impacto. No caso do fundo Vox, o foco está em empresas em estágio inicial com atuação em áreas como educação, saúde, habitação, água e saneamento e energia renováveis. O Amazon Biodiversity Fund Brazil destina recursos a pequenas e médias empresas nas áreas de conservação florestal, reflorestamento e cadeia de suprimentos alimentares na Amazônia Legal. No fundo Lightrock, o alvo são empresas de crescimento acelerado com atuação em segmentos como saúde, educação, agricultura sustentável, mobilidade e eficiência energética
Dos R$ 1,8 bilhões de captação máxima prevista, até R$ 1,35 virão dos investidores e até R$ 450 milhões da BNDESPAR, que aportou até junho R$ 233 milhões nos três fundos.
Inova Bioma - O programa, do Sebrae, oferece capacitação, mentoria e apoio financeiro para acelerar ideias ou pequenos negócios relacionados à bioeconomia dos biomas brasileiros. Neste ano, são contemplados empreendedores da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal - os dois últimos casos com inscrições abertas. Para os empreendedores selecionados, há bolsas mensais de R$ 6.500 por um período de seis meses. Na categoria de apoio a projetos para criação de empreendimento, há destinação de quantias que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil. No total, serão investidos aproximadamente R$ 30 milhões. A meta é desenvolver 570 ideias de negócio e acelerar 420 empresas.
https://valor.globo.com/brasil/g20-no-brasil/noticia/2024/07/30/recurso…
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