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Questões indígenas estão em discussão na Capital

Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
Autor: Anderson Pinho
03 de Set de 2003

Cerca de 150 índios, representando 38 etnias do Estado, participam em Cuiabá do II Fórum Estadual de Saúde Indígena e a Problemática das Terras Indígenas. O evento foi aberto na noite de segunda-feira e prossegue até amanhã, no salão Bem-te-vi do Hotel Fazenda Mato Grosso e avalia o modelo de saúde pública voltado para os indígenas, bem como questões relacionadas a invasão de terras por madeireiros e garimpeiros.

O Fórum reúne ainda dirigentes da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Conselho Estadual de Saúde (CES), Fundação Nacional do Índio (Funai) e de Saúde (Funasa). Nas atividades do segundo dia do evento, a coordenação do fórum dividiu os índios por Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei). A idéia é que os próprios índios identifiquem os problemas relacionados à saúde e dêem sugestões de como solucioná-los.

Para os índios, parte do problema está relacionado ao preconceito e falta de capacitação dos profissionais que atuam no setor. O índio Isidoro, da etnia Rikbaktsa, lembra que no ano passado uma índia Cinta-larga deu a luz a um bebê no corredor do Hospital Municipal de Juína (a 805 Km de Cuiabá) por negligência de profissionais daquela unidade de saúde. De acordo com ele houve demora no atendimento médico.

"A gente não tem um tratamento de cidadão. Ele é diferenciado e há morosidade no atendimento de urgência. Num hospital em Aripuanã quiseram cobrar de uma índia por um atendimento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS)", destaca o índio. A coordenadora do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Maristela Sousa Torres, completa que ainda há casos de desrespeito aos costumes e a tradição indígena.

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