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Questão indígena pode desestruturar o Estado, alerta vereador

Midiamax News - www.midiamax.com.br
Autor: Jorge Franco
21 de Ago de 2008

O vereador e líder do PSDB na Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Edmar Neto afirmou na manhã desta quinta-feira (dia 21), durante sessão ordinária no Plenário Oliva Enciso, que as possíveis demarcações indígenas do Estado é um problema da toda a sociedade sul-mato-grossense.

"Essa questão afetará aqueles que trabalham no comércio, na indústria, na construção civil e não apenas os produtores rurais dos municípios que poderão ter suas terras estudadas por antropólogos. É um problema para toda a sociedade brasileira", acredita.

Edmar declarou que é preciso o engajamento da população, pois a economia do Estado ficará comprometida. "Estou preocupado com o nosso Estado, assim como os representantes do agronegócio de Mato Grosso do Sul", pontua.

O vereador espera uma integração dos povos - "o que a Funai está tentando fazer é separar os índios do resto da população e não podemos esquecer que os eles são parte do nosso povo, convivendo conosco de forma pacifica e ordeira há muito tempo", lembrou.

Já o ex-senador Ludio Coelho vê ameaça à propriedade privada em ação da Funai. "Tenho dificuldade em entender as razões que levam o poder público federal a interferir numa região do nosso estado que está funcionando bem. A região que está sendo objeto da avaliação dos antropólogos é a que mais produz riqueza para o Estado, uma riqueza distribuída em todas as áreas, beneficiando em especial as populações urbanas. Não cabe, na minha cabeça, que vamos procurar chifre em cabeça de cavalo", afirma Lúdio Coelho.

O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, José Lemos Monteiro, declarou que seria tudo mais fácil se fosse seguido o que está na Constituição Brasileira. "A Lei é clara, e se a Lei existe, porque não cumpri-la?", questiona.

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Laucidio Coelho acrescentou que a forma de atuação legislativa no Brasil está péssima e lamentou, dizendo que os cidadãos não agüentam mais suportar o peso do Estado. "Tínhamos que começar a pensar nas leis que são valiosas para nossa sociedade, fazer o cumprimento, e trabalhar em cima da eficácia legislativa", ponderou.

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