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26 de Out de 2024
Queimadas em Terras Indígenas no Cerrado aumentaram 105% em 2024, aponta instituto
Entre janeiro e setembro, 67% desses territórios registraram aumento nos focos de incêndio
26/10/2024
Entre janeiro e setembro, 67% das Terras Indígenas (TI) do Cerrado sofreram aumento da área queimada em comparação com a média do período entre 2019 e 2023, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Mais de 2,8 milhões de hectares de Terras indígenas foram atingidos pelo fogo.
Trata-se de um aumento de 105% em relação a 2023, quando cerca de 1 milhão de hectares foram queimados. No total, 63 das 93 TIs do bioma perderam vegetação devido às chamas neste ano. A análise do Ipam usa dados do Monitor do Fogo da Rede Mapbiomas.
A TI Pimentel Barbosa foi a que teve maior parte de sua área atingida pelo fogo. Entre janeiro e setembro deste ano, o território teve 69,28% dos seus 329.119 hectares destruídos pelas chamas. Na segunda e terceira posição estão as TIs Parabubure (MT) e Areões (MT), com 67,84% e 64,91%.
Segundo o Ipam, 24% dos territórios indígenas do Cerrado queimaram mais de 30% de sua área. O instituto destaca que parte do fogo "pode ocorrer devido a estratégias de controle e prevenção de incêndios, como a queima prescrita e a controlada, feitas no final do período de chuva e início do período de seca do bioma". O objetivo é reduzir a matéria orgânica que pode servir de combustível.
"Terras indígenas são as áreas mais conservadas do Brasil. O avanço do fogo fora do período de queimas prescritas e controladas pode ser uma ameaça a esses territórios no Cerrado", diz Ane Alencar, diretora de Ciência do Ipam.
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