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Queimadas e desmatamento na Amazônia aumentam após saída do Exército

G1 - https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia
29 de Nov de 2019

Queimadas e desmatamento na Amazônia aumentam após saída do Exército
Em novembro, aumento foi de 15% em relação ao mesmo mês de 2018, segundo dados do Inpe. Nas terras indígenas da Amazônia Legal, o aumento foi de 65%.

Por Jornal Nacional,
29/11/2019 21h47

Na Amazônia, as queimadas e o desmatamento voltaram a crescer em novembro, com o fim da atuação das Forças Armadas na região.

A operação de garantia da lei e da ordem, a GLO, na região amazônica durou dois meses. Terminou no fim de outubro. Dez mil soldados combateram quase dois mil focos de queimadas na floresta

Em agosto, o Inpe registrou quase 31 mil focos de queimada. Em setembro e outubro, com a GLO, os números caíram para 19.900 e depois para 7.800. Agora em novembro, depois da saída dos militares, os focos aumentaram de novo: 10.200.

O mesmo movimento foi registrado com o desmatamento. Aumento em agosto, 223%a mais que em agosto de 2018. E com a entrada da GLO o ritmo de crescimento do desmatamento diminui em setembro e em outubro, mas voltou a aumentar em novembro 40% em relação ao mesmo mês de 2018

"É fundamental que o governo federal, os governos estaduais coloquem todo o seu poder de comando e controle, que inclui ações coordenadas entre o Ibama, a Polícia Federal, as Semas pra coibir essa criminalidade", disse a diretora de ciência do Ipam, Ane Alencar.

Um outro alerta feito pelos especialistas é sobre o aumento do desmatamento em terras indígenas e nas unidades de conservação, onde, por lei, nenhuma árvore poderia ser derrubada.

Segundo dados do Inpe, de agosto de 2018 a julho de 2019, nas áreas indígenas o aumento foi de 65% e nas unidades de conservação 35%.

"É preciso que o governo assuma a sua responsabilidade: apresente um plano para a sociedade e comece a enfrentar esse problema sob o risco de a gente ter um desmatamento ainda maior ano que vem", afirmou Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental.

O ministro do Meio Ambiente disse que, para combater o desmatamento, o governo vai investir no desenvolvimento sustentável.

"Somente as operações de fiscalização comando e controle não vão resolver o problema. Então, tem que melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem na Amazônia, prosperidade, desenvolvimento econômico sustentável, isso sim é uma solução duradoura", disse Ricardo Salles.

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